Texto escrito por Mariana Zanarotti Shimako e Tauane Baitz, alunas de graduação de Engenharia de Biossistemas em FZEA-USP, orientadas pelo Prof. Dr. Fabrício Rossi dentro do Programa Unificado de Bolsas da USP.
A primeira etapa ocorreu em cada Campus em que são ministrados os cursos de Engenharia da USP, e durante os dias 11 e 15 de dezembro, foi realizada a etapa final do Programa na Escola Politécnica (Poli-USP) na cidade de São Paulo, e a Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA) estava muito bem representada.
O desafio proposto aos estudantes era encontrar soluções para os problemas de gasto de energia na cadeia produtiva de fertilizantes no país, em uma semana. Ao todo foram formadas seis equipes representadas por cores, compostas por um aluno de cada Campus. Durante a semana os alunos tiveram a oportunidade de participarem de workshops, palestras e visitas a alguns laboratórios da faculdade.
A equipe azul claro, focou na logística do setor de transporte de fertilizantes apresentando um aplicativo que através de informações dos caminhões armazenam dados sobre os gastos com o diesel e as emissões de gases que provocam o efeito estufa, a fim de diminuir os gastos com esse transporte.
A equipe cinza criou um adubo composto por carboidratos e lipídeos capazes de oferecer mais nutrientes para as plantas em menos quantidade do produto, a azul escuro colocou em discussão redefinir o transporte rodoviário da amônia por outro através de gasodutos, a equipe vermelha propôs utilizar lodo de esgoto doméstico como matéria prima de fertilizantes e a equipe laranja pensou no desenvolvimento de um mini robô, o Ibi, que por meio de métodos de análises verifica a qualidade e as caracteristícas do solo.
A equipe verde formada pelos alunos Sara Santos Pereira, da Escola de Engenharia de Lorena (EEL), Victor Ivar van Halst, da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC), Vitória Fernanda dos Santos, da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ), Henrique Oliveira Monteiro da Silva, da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA) e Ana Paula Velozo dos Santos, da Escola Politécnica (Poli), levou para casa o grande prêmio de um estágio no exterior no valor de US$1,2 mil por mês.
A solução apresentada pela equipe verde tinha como finalidade modificar a reforma á vapor, que é o processo de fabricação da amônia presente nos fertilizantes, utilizando a queima de combustíveis fósseis. Esse processo gasta cerca de 90% da energia total do processo de produção dos fertilizantes, o grupo pensou em uma forma de não utilizar a queima desses combustíveis substituindo-a por decomposição de matéria orgânica e energia termoelétrica, que são energias limpas contribuindo para a melhoria de meio ambiente.
Depoimento do equipe vencedora –
“Participar do PIE2 foi uma experiência incrível! Tivemos a oportunidade de conhecer colegas e a realidade de outros campi de engenharia da USP, ótimas palestras e visitas a laboratórios da Poli e auxílio dos professores a todo momento.
O desafio foi uma surpresa para todos, já que ninguém conhecia o tema tão a fundo e por serem necessários diversos conhecimentos multidisciplinares. Temos certeza de que todos aprenderam muito e até se interessaram por uma área que nunca tinham olhado a fundo.
A maior experiência que levaremos deste programa, além de novos amigos de todo o estado de São Paulo, é como organizar um grupo em tão pouco tempo e com muita pressão para a realização de um esforço conjunto. Tivemos apenas três dias completos para trabalhar na ideia, e saber trabalhar em equipe mostrou-se mais importante que conhecimentos prévios ou habilidades pessoais. “
Depoimento da equipe Cinza –
“O Programa de Integração dos Estudantes de Engenharia (PIEE) foi uma experiência transformadora na vida de todos que participaram do evento, sendo uma semana muito intensa, onde se aprendeu muito de diversas maneiras. Nós do grupo Cinza, tivemos a oportunidade de conhecer pessoas diferentes e de integir muito dentro do próprio grupo. Conversamos sobre nossos cursos e vidas, falamos das diferenças dos Campus, aprendemos a lidar com a diferença do outro e a respeitar para conciliar o conhecimento de todos. Eramos um grupo bem diverso, porém, que se divertia e ria até da propria tragédia! Nosso grupo foi composto pelo: Arthur da Engenharia Elétrica, que matinha-se concentrado e focado nos seus objetivos; o Nicholas, da Engenharia Civil, que conseguia se manter calmo e pleno, mesmo quando estava todo mundo surtando; a Giovana da Engenharia de Materiais, que é super comunicativa e lembrava à todos dos prazos nos mantendo dentro do horário, a Jenifer da Engenheria Florestal, que com seu conhecimento e experiência mantinha a ordem, o Lucas da Engenharia de Alimentos, que com seu bom humor e descontração nos explicava mil vezes o mesmo processo, caso fosse preciso (e foi!).
No fim, os momentos de estresse gerados pelos prazos apertados, pela exigência dos professores perante os assuntos técnicos do projeto (que nos proporcionou muito conhecimento) e pela competição em si, fizeram com que criassemos uma amizade muito forte, que nos manteve unidos e que vamos levar para além da duração do PIEE.”
Leia mais sobre a primeira etapa no link: http://www.usp.br/portalbiossistemas/?p=7573