Uso de tecnologia automática e autônoma no campo

Texto escrito por Mariana Zanarotti Shimako, aluna de graduação de Engenharia de Biossistemas em FZEA-USP, orientada pelo Prof. Dr. Fabrício Rossi no Programa Unificado de Bolsas da USP.

Com o aumento da procura por alimentos, o campo necessitou de ajuda de maquinário devido ao trabalho rápido e eficaz. Em alguns países mais desenvolvidos como os EUA (Estados Unidos da América), as máquinas automáticas já são realidade na maioria das plantações, e  ganharão cada vez mais espaço, uma vez que podem ser programadas para realizar diversos trabalhos, sem deixar de lado a busca pela eficiência produtiva.

A robotização pode estar presente desde o início da plantação, nas semeadoras automáticas, durante o cultivo, nos pulverizadores e, na colheita com tratores autônomos. No ano de 2017, durante a Agrishow, Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação, foi apresentado o trator autônomo da empresa Case IH, trata-se de um trator controlado à distância através de um tablet ou computador e tem capacidade de identificar obstáculos e tomar atitudes, como desviar deles. Esse tipo de ação pode ser tomada devido à presença de sensores, câmeras, além de um sistema que é capaz de captar ondas eletromagnéticas que mapeam o local  e os dados são analisados para a tomada de ações do trator.

Essa tecnologia autônoma teve como base as tecnologias já presentes na agricultura de precisão, como por exemplo o piloto automático. Considerado um eficiente operador, o trator autônomo nas plantações seria um grande aliado do agricultor, já que poderia funcionar as 24 horas do dia, seja na pulverização, preparação do solo ou colheita.

Trator autonômo.
Trator autonômo. Fonte: https://revistaautoesporte.globo.com/Noticias/noticia/2017/05/case-ih-apresenta-trator-autonomo-no-brasil.html

Drones (veículo aéreo não tripulado) autônomos também estão sendo usados nas plantações, um exemplo é o drone usado como pulverizador criado por cientistas da computação do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da Universidade de São Paulo (ICMC-USP). O drone possuí informações armazenadas das condições metereológicas do local, ao se aproximar de sensores que analisam em tempo real essas mesmas informações, ocorre o “cruzamento” das informações padrões (armazenadas) com as do tempo real, com isso o drone é capaz de liberar o agroquímico na quantidade necessária.

Drone pulverizador. Fonte: http://www.amambainoticias.com.br/rural/a-tecnologia-dos-drones-revolucionando-a-agricultura-mundial

No Brasil, o maquinário autonômo ainda não é realidade, porém estão sendo introduzidas algumas dessas inovações em plantações brasileiras para a demonstração dos mesmos, já que são ainda muito novos no mercado brasileiro.

Referências bibliográficas –

https://revistaautoesporte.globo.com/Noticias/noticia/2017/05/case-ih-apresenta-trator-autonomo-no-brasil.html

http://revistapesquisa.fapesp.br/2016/01/12/drones-sobre-o-campo/