Agregação de valor a partir de certificações

O Brasil atualmente esta consolidado como grande exportador de commodities agrícolas – sendo este fato favorável à economia nacional por proporcionar sucessivos superávits na balança comercial.

Apesar do cenário positivo, é fato que “dois terços dos produtos exportados pela Brasil são primários”¹ o que permite a especulação de qual realmente é o potencial brasileiro no mercado internacional.

“O crescimento das receitas auferidas pelos produtores, em sua grande maioria, se deu à custa do aumento da produtividade e do volume físico exportado”¹.

“[…] A pauta de exportação do agronegócio brasileiro, além de crescente, apresenta produtos em condições de obter elevados graus de processamento e agregação de maior valor”¹, assim, é possível maximizar a receita dos produtores nacionais caso seus produtos sejam mais bem avaliados – apresentem maior valor agregado.

Um dos meios de agregar valor ao produto é submetê-lo à certificação. Segundo o professor Laércio Zambolim²: “A certificação serve para demonstrar que um produto foi produzido sob determinadas características. A certificação permite diferenciar o produto de outros produtos, o que poderá ser útil no momento de promovê-lo em distintos mercados”¹.

A certificação atesta que durante o processo produtivo, todos os procedimentos de produção e pós-colheita/agroindustrialização foram avaliados e seguem normas técnicas específicas.

Dessa forma, a certificação também é vantajosa para os fornecedores, pois “abre espaços competitivos e acesso a novos nichos de mercados por disponibilizar um produto diferenciado aos mercados, com qualidade, agregação de valor e o conseqüente diferencial de preços que geram maior lucratividade”¹.

Sobre o conjunto de vantagens decorrentes da certificação, Adilson Kososki³ faz sua conclusão: “A adoção desses procedimentos sustentáveis da produção ao consumo trará reflexos diretos na economia do país, ocasionando o desenvolvimento sócio-econômico regional, a geração de emprego e renda, a diminuição dos casos mais freqüentes de saúde pública, a agregação de valor, o fortalecimento do mercado interno e a expansão das exportações brasileiras”.

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Referências:

¹ = KOSOSKI, Adilson. A certificação como forma de agregar valor. Revista Campo e Negócios, Uberlândia: AgroComunicação, 2010, p. 38 à 40, Julho.

² = Laércio Zambolim. Professor da Universidade Federal de Viçosa (MG).

³ = Adilson Reinaldo Kososki. Coordenador da Produção Integrada da Cadeia Agrícola da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo-SDC, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA.

Apresentação: “A Certificação como Forma deAgregar Valor ao Produto” – 33º AgroEx – Seminário do Agronegócio para Exportação. Adilson Reinaldo Kososki.

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