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sexta feira nº2 FESTAS
Há algo de comum inscrito na algazarra inerente aos comícios, às congadas e aos terreiros de candomblé; ao comer um tacacá nas ruas de Belém, ao dançar no baile funk da periferia do Rio de Janeiro ou em uma disco de Cuiabá. A festa atribui realidade mágica ao mundo, impregnando-o com seu mana, promovendo misturas entre o “eu” e o “outro”, de maneira que a diferença seja ao mesmo tempo celebrada e abolida. Em artigos, entrevistas, foto-montagem e ensaio fotográfico a festa é tratada, neste segundo volume, como um tema antropológico por excelência.
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sexta feira nº3 FRONTEIRAS
Em seu sentido imediato, a fronteira remete a uma concepção territorial, mas são sobretudo os rendimentos de sua acepção metafórica que exploramos neste volume. Tematizando fronteiras reais, políticas, culturais, objeto de experiência cotidiana ou de especulação teórica, o bloco temático traz uma reflexão interdisciplinar (cinema, literatura, geografia, fotografia) e ao mesmo tempo enraizada nas questões fundamentais da antropologia na busca de conhecimento do Outro.
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EDIÇÕES
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sexta feira nº4 CORPO
Para dar corpo ao tema “corpo” da quarta edição, lançada em 1999, a apresentação gráfica da revista foi alterada com a criação de um discurso visual paralelo ao verbal, justapondo imagens e textos que expõem uma multiplicidade de corpos. O corpo representado nas artes plásticas e no cinema. O corpo requebrado no movimento das canções e das coreografias. O corpo metamorfoseado dos xamãs amazônicos. O corpo dilacerado pela experiência da violência urbana. O corpo indivisível pregado pelo catolicismo popular. Enfim, corpos que não cessam de se singularizar, mostrando que as especificidades culturais também são dadas pelas posturas, predisposições e humores entranhadas no corpo.
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sexta feira nº5 TEMPO
Físico e filosófico, social e subjetivo, ocidental e não-ocidental, o tempo, como noção, categoria ou conceito, é abordado de modo multidisciplinar nesta edição. Como considerar o tempo atrás dos muros da FEBEM e nas ruas da São Paulo do começo do século XX? Como o tempo pode operar entre os loucos e nas artes? Qual seu potencial, redentor ou niilista, na memória e na história? Eis alguns dos eixos que norteiam o quinto número da Sexta Feira, lançado em outubro de 2000, e que ainda traz um dossiê sobre os 500 anos do Brasil.
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sexta feira nº6 UTOPIA
Lançado em 2001, o volume propõe abordar o tema da utopia no milênio recém-inaugurado. Seus artigos e entrevistas convidam ao encontro da utopia dos “outros” (tais como movimentos milenaristas e indígenas) e ao estranhamento das nossas utopias (ecologia, tecnologia, globalização, socialismo...). Em sua versão impressa, cujas páginas são de painéis de outdoor, nenhum exemplar é igual ao outro, conferindo aura à obra por meio de sua reprodutibilidade técnica.
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sexta feira nº7 GUERRA
Exterminar a diferença e subjugar o inimigo ou apropriar-se dele e incorporar suas qualidades, tal como a antropofagia entre os Tupinambá. Ambas são versões possíveis da guerra, tema desse número da revista Sexta Feira. Os desdobramentos para pensar o cenário contemporâneo são inúmeros e rendem ensaios, entrevistas e análises que tratam desde a violência urbana até os conflitos transnacionais, passando pelas guerras na literatura brasileira, acompanhados por um panorama plural da produção artística sobre o tema.
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sexta feira nº8 PERIFERIA
A última edição da Sexta Feira, lançada em 2006, tem como mote “periferia”. Privilegia a experiência da cidade, cartografando linhas de força que fazem coexistir e tensionar criatividade, privação, transformação, sujeição, revolta, destruição, domesticação, arte entre outros tantos movimentos. Em artigos, ensaios, entrevistas, debates, verbetes, prosas, canções, poemas e imagens, periferia surge menos como território de encapsulamento do que como multiplicidade irredutível. Não a periferia versus o centro, mas a periferia que devém centro e o centro que devém periferia.