O carro-chefe desta edição, a nº. 9 da Revista USP, tem como tema um dos assuntos mais comentados nos noticiários atualmente, e que tem mobilizado – e sensibilizado – a imensa maioria da opinião pública: violência. Um assunto que não diz respeito única e exclusivamente ao País, haja vista que dois dos mais prestigiosos órgãos de imprensa norte-americanos, as revistas Time e Newsweek, na primeira semana deste abril deram capa para esse mesmo tópico, incorporado já à vida cotidiana das metrópoles do planeta, em maior ou menor grau.
Debatem Violência neste Dossiê, o antropólogo Gilberto Velho, o crítico literário Antonio Candido, o psiquiatra Rubens de Campos Filho e a pesquisadora Malak Poppovic. Aí estão também, com textos inéditos, o filósofo italiano Norberto Bobbio e o poeta e ensaísta alemão Hans Magnus Enzensberger. A segunda metade desta seção é assinada pelo Núcleo de Estudos da Violência da USP e trata, de forma geral, de autoritarismo e sociedade. Assinam os textos do NEV Paulo Sérgio Pinheiro, Myriam Mesquita de Castro, Sérgio Adorno, Emilio Dellasoppa, Oscar Vilhena Vieira, Eduardo Izumino e Maria Cristina Jakimiak Fernandes.
Nas outras seções da Revista, Homenagens presta tributo a quatro grandes nomes da cultura brasileira, falecidos recentemente: Mario Schenberg, Aziz Simão, Rubem Braga e José Guilherme Merquior. Por sinal, um dos destaques de Textos é justamente o último artigo escrito por Merquior, também inédito, sobre o jurista Miguel Reale, que este ano completa 80 anos.
Em Livros, Sérgio Paulo Rouanet, atual Secretário Nacional de Cultura, debate, em ensaio de fôlego, Um mestre na periferia do capitalismo, de Roberto Schwarz. Boris Schnaiderman e Roberto Romano também estão aí.

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