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editorial77

É sempre arriscado imaginar o que o futuro verá de relevante no tempo em que vivemos: falta-nos distanciamento para distinguir entre o estrutural e o contingente. No entanto, os homens que passaram pela Revolução Francesa, pelas guerras mundiais, pela Revolução Russa, sabiam que sua época era notável; até o momento, a história não os contradisse. A virada dos anos 80 para os 90 assistiu a fenômenos não menos extraordinários e igualmente súbitos e dinâmicos. Pensava-se, até então, o mundo de acordo com uma divisão vertical no planisfério, uma linha Leste/Oeste que encontrava sua mais brutal materialização no muro que cortava em duas a cidade de Berlim. Falava-se muito também numa guerra não declarada, de baixa belicosidade explícita, mas suficientemente aguçada e armada para dividir – por meios nucleares – o planeta não em duas regiões e sim em inúmeros pedaços. Chegou ao poder na URSS Mikhail Gorbatchev. Passou-se a falar em perestróika e glasnost. Mudanças pareciam iminentes na União Soviética e cercanias, embora aqueles que ainda se lembravam do "degelo" khruscheviano devidamente abortado manifestassem certo cinismo quanto ao seu alcance e duração. As coisas foram se acelerando e, vertiginosamente, os países ditos socialistas da Europa libertaram-se, um a um, do regime de partido único, dos programas socialistas e/ou comunistas, da esfera soviética. Declarou-se o fim do socialismo real e o final da guerra fria. A superpotência soviética principiou a rachar política, social e economicamente, ou melhor, deixou finalmente entrever que tal processo já vinha ocorrendo. Não há como deixar de imaginar, portanto, que os tempos recentes e atuais sejam notáveis, dignos de um registro histórico. Como é que esse terremoto foi visto, entrementes, no seu epicentro, a URSS e, mais especificamente, na Rússia? Quais são os seus precedentes? Qual o seu curso? Quais os seus possíveis resultados? É focalizando a glasnost em seus muitos aspectos prismáticos que o dossiê do número 10 da Revista USP pretende fornecer subsídios que, alargados pela reflexão e pelo debate, propiciem alguns princípios de resposta.
A Revista USP traz ainda, na seção Textos, um depoimento pessoal do prof. Thomas Maack acerca de suas experiências e demais fatos ocorridos na Faculdade de Medicina da USP, em 1964. O artigo é seguido de três cartas de professores da FMUSP, L. C. U. Junqueira, Braga Magalhães e Charles Corbett, que respondem ao referido depoimento. Completam a revista as seções Homenagem e Livros.

O EDITOR-CHEFE

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É sempre arriscado imaginar o que o futuro verá de relevante no tempo em que vivemos: falta-nos distanciamento para distinguir... (leia na íntegra)

 

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