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No momento em que começávamos a fechar esta edição, a cidade de São Paulo vivia o terceiro dia de caos no transporte público, pois uma dissidência dos motoristas e cobradores de ônibus aterrorizava a vida dos paulistanos, que sofriam, mais uma vez, um calvário para ir e voltar do seu trabalho.
À época perguntava-se: mas o que isso teria a ver com o dossiê Justiça Brasileira, que trazemos à luz neste nosso centésimo primeiro número? A questão é, no mínimo, instigante, pois num primeiro momento ficou difícil saber a quem caberia a resolução desse problema, uma vez que chegava a atingir, então, pelo menos um milhão e quinhentas mil pessoas só na metrópole. Finalmente, a solução daquele emaranhado foi subordinada à Justiça do Trabalho.
Naquele momento, isso levou à questão seguinte, que é amplamente discutida na nossa robusta seção: como o brasileiro vê o Judiciário hoje no país? E mais: como ele vê a questão da justiça no Brasil? Grosso modo, as coisas não andam bem. Se, por um lado, temos um sofisticado modelo de justiça, como tratado com propriedade em um dos nossos artigos, por que a justiça brasileira passa a impressão de ser ineficaz ou, pior, de ser uma justiça claudicante, que não atende aos anseios da população e que é vista por essa mesma população com muita desconfiança?
Pois bem, nosso alentado dossiê esmiúça essa questão com rara perspicácia em um acervo de nada menos que quinze textos elaborados especialmente para este número da Revista. Aqui estão contemplados temas importantíssimos. Por exemplo, é a justiça criminal a justiça do pobre?
Será este o país dos bacharéis? Como recrutar magistrados no Brasil, hoje? O arcaísmo na formação jurídica. O Judiciário e os direitos humanos. Isso para não mencionar duas, ou três, outras questões de extrema importância: o que os cidadãos pensam justamente sobre a justiça, sobre os direitos e sobre o Judiciário? Para não falar da importância da justiça na determinação do Custo Brasil. E ainda sobre o uso do território e o Judiciário no país.
Ou seja, este número, a exemplo do 21 da Revista USP, intitulado Judiciário, tem tudo para também ser histórico. Seu elenco de autores é notável. Seus assuntos são de vital importância para a questão da justiça no Brasil atual. E ele é, na verdade, mais uma prestação de serviços de alta qualidade, não apenas da nossa publicação, mas, indo adiante, da própria Universidade, para a sociedade brasileira.

FRANCISCO COSTA

 

 

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