O judiciário é a "bola da vez". Parece que estamos nos aproximando desse consenso, porque primeiro foi a vez do Executivo pôr a casa em dia – experiência que ainda carrega o seu trauma por sentirem, opinião pública e imprensa, que esse poder ainda está de mãos amarradas. Depois foi a vez do Legislativo, através de uma CPI que também estarreceu o país pela envergadura de denúncias e provas que vieram à luz. Sobrou o Judiciário. Há quem aposte que uma CPI do Judiciário venha a cavalo, num momento palpitante do país em que nomes de juízes têm engrossado as agendas de contraventores do bicho. O fato é que há pelo menos um ano a Revista USP pensa trabalhar extensamente sobre este tema. A ocasião chegou, e chegou bem. O coordenador do dossiê Judiciário, Sérgio Adorno, pesquisador do Núcleo de Estudos da Violência, cuidou para que o aspecto multidisciplinar que caracteriza a revista não só fosse respeitado, mas também aprimorado. E com rara habilidade. Na apresentação do dossiê ele conta com detalhes como se deu o processo de concepção do carro-chefe da revista neste número 21. Mais do que isso, na verdade há uma explicação sucinta do tema em cada artigo, que serve de roteiro seguro para o entendimento da seção.

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