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editorial77

O dossiê deste número começou de forma bem modesta. Dada a envergadura de Florestan Fernandes (1920-95), dentro ou fora da universidade, seu falecimento, no ano passado, impunha o que se chama em jornalismo de "bate-pronto" – um esforço extra diante de um acontecimento maior, para que o leitor não fique a descoberto, não seja pego num contrapé. Este dever se impõe a qualquer tipo de jornalismo, mesmo aquele que tenha a mais remota esperança de se tornar um dia, de fato, jornalismo: seja diário, semanal, mensal, etc. Pensou-se na ocasião numa seção "Homenagem", com alguns textos assinados por autores que tivessem convivido e participado da vida acadêmica junto de Florestan. Se possível, com um texto inédito do sociólogo mais famoso do país. Quando convidamos José de Souza Martins para participar daquela possível homenagem, ele fez ver à revista que o mais sensato seria não uma seção, mas um dossiê mesmo. A perspectiva era extremamente atraente, ainda mais porque Souza Martins, sendo discípulo e amigo, se colocara à disposição para organizar o dossiê – o que de fato aconteceu. Assim, o número que sai agora se articulou a partir de uma concepção elevada e multifacetada, dentro da melhor tradição da revista. Os colaboradores por si só apontam a direção e sentido de tudo que estamos afirmando, observando inúmeros detalhes da obra de um dos grandes nomes que a universidade, num sentido maior, já proporcionou a este país. É um grande privilégio para a Revista USP publicar este dossiê "Florestan Fernandes", por tudo que o genial sociólogo e político legou a todos nós. Assim, nos permitimos ainda republicar o único texto que Florestan escreveu para nós: um ensaio curto e significativo, que saiu no número 3 da revista com o título "O Ardil dos Políticos". A época era antológica, saía pouco antes das eleições presidenciais de 1989. O artigo chegou datilografado em lauda de jornal e me lembro de que foi muito comemorado na redação, pois estávamos começando a deslanchar, e o texto era uma espécie de reconhecimento pelo trabalho (publicado na seção "Textos", se encaixava como uma luva no dossiê "100 anos de República"). Pois bem, a matéria não apenas se sustenta até hoje – o que já é um acontecimento, dado o seu caráter circunstancial –, como num certo sentido é de uma atualidade desconcertante. Outro nome merece ser lembrado neste número: o de Vladimir Sacchetta. Com uma enorme boa vontade e grande dose de paciência Sacchetta, que foi secretário particular de Florestan e cuida do arquivo de fotos da família do sociólogo, abastaceu a revista com algumas das melhores imagens da vida de Florestan e a ele, diretamente, debitamos o conteúdo do ensaio fotográfico "Álbum de Família".

O EDITOR

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O dossiê deste número começou de forma bem modesta. Dada a envergadura de Florestan Fernandes (1920-95), dentro ou fora da ... (leia na íntegra)

 

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