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editorial77

Neste nosso número 54 homenageamos uma obra e um homem a quem este país muito deve. No dia 2 de dezembro deste 2002 completará cem anos Os Sertões. Euclides da Cunha, autor da colossal obra, como se sabe e nunca se cansará de dizer – por ter sido acontecimento atroz –, foi morto aos 43 anos (em 15 de agosto de 1909) no Rio de Janeiro. Euclides, o herói trágico de nossa literatura. Deixou uma legião de bons amigos e admiradores, que chegaram ao ponto de cultuá-lo quase religiosamente. Não é para menos. Uma vida cheia de altos e baixos, um temperamento sangüíneo e uma habilidade incomum de atrair admiração fazem de Euclides um dos nomes mais potentes de toda a literatura de língua portuguesa. Sua obra capital, já mencionada, continua mobilizando pesquisadores e tradutores ao redor do globo. O dossiê que se segue é uma pálida tentativa de aproximar autor e obra do público leitor e, ousaria dizer, quase um dever cívico, pois sua gigantesca, titânica, defesa do povo destruído de Canudos é um brado de alerta a todo brasileiro a relembrar continuamente nossas origens e o material de que é feito nossas entranhas. Têm essa qualidade eloqüente o autor e sua obra.
Outro acontecimento nos levou a esta empresa: o fato de que neste ano se comemoram 90 anos da famosa Semana Euclidiana e São José do Rio Pardo. Cerca de 60 intelectuais de todo o país (inclusive da USP) lá estarão ao lado de vários tradutores da obra capital; cerca de 400 estudantes, de todo o país, participarão dos acontecimentos culturais programados por essa entidade singular sem paralelo, que coloca com todas as palavras a cidade no mapa da cultura de forma inquestionável.
Um grupo sólido de intelectuais atendeu ao nosso convite e nos honrou com seus textos e, para entender um pouco melhor o espírito euclidiano e a paixão despertada pel'Os Sertões, saímos a campo, inclusive. As reportagens, realizadas no Rio de Janeiro, em Nova Friburgo e, evidentemente, em Rio Pardo, ousam lançar alguma luz sobre esta verdadeira fé (o euclidianismo, por que não?) que parece a cada dia mais forte e vibrante. Esperamos que o leitor descubra, nas páginas que se seguem, um motivo para abrir, ou voltar a Os Sertões.

FRANCISCO COSTA

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Neste nosso número 54 homenageamos uma obra e um homem a quem este país muito deve. No dia 2... (leia na íntegra)

 

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