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editorial77

No momento em que escrevo, a uma semana da Copa e depois de três da semana animalesca pela qual passou a cidade de São Paulo, com direito a toque de recolher informal numa segunda-feira infernal, voltamos nós da redação a retrabalhar o tema do racismo.
Pode o leitor perguntar o que tem a ver Copa com PCC e racismo. Para princípio de conversa, habitamos um país chamado Brasil. Estamos a alguns meses de uma eleição presidencial e vivendo uma crise moral e ética – há mais de ano – que jogou o país, da indignação, a uma espécie de indiferença resignada. Esta revista, há exatos doze anos, aliás, foi a primeira publicação universitária a tratar o tema Futebol em um dossiê, que até os dias atuais continua sendo referência. Nessa montanha-russa habitada pela imensa maioria do povo brasileiro, este está sendo um ano de insuspeitas confluências, e o tema racismo subjaz de alguma forma a todas essas questões – porão a se escancarar, cada vez mais discutido, debatido e estudado em nossa sociedade.
Neste número não se trata – como no anterior, de forma mais acentuada – de racismo contra o homem e a mulher negros, embora haja aqui também um núcleo de artigos sobre esse tema. Aqui o leque se amplia, como não poderia deixar de ser, haja vista a extensão do problema tanto no Brasil como no mundo. De certa forma, embora mais curto, este dossiê é mais aberto, contemplando um maior número de assuntos. Temos uma grande aliada, a multidisciplinaridade, que nos permite olhar para várias direções, o que equivale a dizer múltiplos olhares. É possível dizer que este número completa o binômio – lançado a partir do anterior – de forma rica e abrangente. Não temos qualquer ilusão de que ele seja uma espécie, por assim dizer, de ponto final sobre o tema – seria triste e burro uma afirmação desse tipo, não condizente com o trabalho desenvolvido pela revista durante toda a sua existência. Assim, neste segundo dossiê sobre racismo, apresentamos um olhar mais geral, global, sobre esse cancro que nos diminui a todos e, neste país, faz troça das formulações simplistas e imediatas. A questão do racismo continua em aberto, e assim será enquanto não vivermos numa sociedade mais justa, menos cruel.
Ainda neste número uma homenagem à incrível professora Gilda de Mello e Souza, falecida há pouco. Dona Gilda, como era conhecida por todos os que tiveram o prazer de privar de sua convivência, é um dos símbolos maiores da Universidade de São Paulo. A ela, o nosso carinho e respeito.


FRANCISCO COSTA

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No momento em que escrevo, a uma semana da Copa e depois de três da semana animalesca pela qual passou a cidade de São Paulo,… (leia na íntegra)

 

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