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editorial77

É comum ouvir intramuros da Universidade de São Paulo que a USP responde por uma porcentagem que varia de 25% a 30% de toda a pesquisa feita no Brasil. É dado inegável e importante, pois dá a medida do alcance do trabalho da mais importante universidade do país e uma das três maiores da América Latina. Mas e quanto ao restante do país, como anda a pesquisa no vasto território brasileiro, que se estende além da região Sudeste – onde se concentra a área mais produtiva brasileira nesse setor?
Foi pensando na importante questão da pesquisa no Brasil (vale dizer, da pós-graduação – mestrado, doutorado e pós-doutorado) que trabalhamos este dossiê. De antemão, acreditamos que se trata de um tema que não se volta, exclusivamente, para os acadêmicos, para os pesquisadores, mas que transcende esse público e atinge a todas as pessoas esclarecidas da sociedade. Afinal, sem pesquisa não há desenvolvimento – daí a sigla P&D. E num país como o nosso, que tem lutado desesperadamente para se desenvolver, a questão "quem financia a pesquisa" adquire uma relevância especial.
No momento, estamos melhores que há dez anos, quando o Brasil respondia por 1,1% da produção científica internacionalmente indexada – em 2006 chegamos a 1,8%. Para se ter uma idéia desses números, basta dizer que cerca de 50% de todos os artigos científicos publicados na América Latina são assinados por pesquisadores brasileiros. Ao lado disso, temos a afirmação unânime dos autores que participam deste dossiê de que a pós-graduação no país continua dependendo fundamentalmente da universidade pública – e, como se afirmou anteriormente, continua restrita à região Sudeste.
Não é preciso insistir na idéia de que sem pesquisa de ponta não é possível desenvolvimento e crescimento. Isso é sabido no mundo todo. Um exemplo clássico: a Coréia do Sul priorizou sua educação por, no mínimo, vinte anos, antes de começar a competir internacionalmente. Hoje, deixou de ser emergente, como nós, para se situar entre as economias desenvolvidas. Exporta tecnologia e promove pesquisa de primeiro mundo, para ficarmos no mínimo.
Assim, nos textos que compõem este dossiê, o leitor encontrará não apenas um levantamento da atual situação da pesquisa brasileira, mas ainda textos que apontam direções para que ela cresça e se desenvolva, propiciando a perspectiva de um país melhor. Que é o que todos desejamos.

FRANCISCO COSTA

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É comum ouvir intramuros da Universidade de São Paulo que a USP responde por uma porcentagem,… (leia na íntegra)

 

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Pensando o Futuro: Humanidades

 

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