Este artigo apresenta minhas contribuições teóricas para os estudos dos Métodos Heurísticos da Criação: a formulação dos conceitos de “hibridação intersensorial”, “hibridação intertextual-semiótica” e “hibridação interformativa”. A hibridação intersensorial apóia-se na noção dos “meios produtivos como extensão do homem” (McLuhan); a hibridação intertextual-semiótica funda-se na acepção do termo “texto” expandido do código verbal ao visual e a outros “sistemas sígnicos” (Kristeva, Bense, Peirce), embasada numa “intertextualidade poética ou crítica” (Perrone-Moysés) e na “tradução intersemiótica” (Jakobson, Plaza); e a hibridação interformativa associa o conceito de “formatividade” (Pareyson) à produção (co-autorias, influências e/ou linhagens artísticas) e à recepção (obras interativas). A abrangência desses conceitos nos permite reconhecê-los em diversos campos da criação humana, de acordo com a “predominância” (Jakobson) com que comparecem nos processos de trans-hibridação.

O autor:

Artista híbrido. Doutor em Artes pela Escola de Comunicações e Artes ECA/USP com a tese ÚTERO portanto COSMOS: Hibridações de Meios, Sistemas e Poéticas de um Sky-Art Interativo (2008), com orientação de Carmela Gross; Mestre em Artes pela ECA/USP com a dissertação PARABOLA-IMAGO: Transmutações Criativas entre o Verbal e o Visual (2002), com Bolsa FAPESP e orientação de Julio Plaza; Docente no Departamento de Artes Visuais do Instituto de Artes IA/UNESP; organizador da Revista HIBRIDA Eletrônica; e Pesquisador do Grupo de Pesquisa Poéticas Digitais, coordenado por Gilbertto Prado-ECA/USP.

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