Artigo | edição 7 | Janeiro-Abril de 2010
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Montagem, realismo e antropofagia: Eisenstein e Bazin em Canibal Holocausto (1980)
 
Felipe M. Guerra
 
Resumo:
   
Este artigo analisa o filme italiano Canibal Holocausto (Cannibal Holocaust), dirigido por Ruggero Deodato em 1980, comparando a linguagem utilizada pela obra com as teorias cinematográficas do russo Sergei Eisenstein e do francês André Bazin. Em períodos e em países diferentes, os dois teóricos discorreram, entre outros aspectos, sobre a montagem cinematográfica. Suas posições são opostas: enquanto nos ensaios de Bazin o que interessava eram as formas de reprodução da realidade, como o plano-sequência, Eisenstein via o filme como um discurso articulado construído a partir da edição das imagens. Assim, um defendia planos longos e profundidade de campo; outro, a criação através da montagem. O objetivo do presente trabalho é demonstrar que características das teorias de Bazin e de Eisenstein, mesmo opostas, podem ser observadas no filme de Deodato, por causa da sua mistura, original à época, de ficção com “falso documentário”.
Palavras-chave:
   
  Canibal Holocausto, análise fílmica, teorias da montagem, Sergei Eisenstein, André Bazin
O autor:
 
 
Felipe M. Guerra é mestrando em Comunicação da Universidade Anhembi Morumbi, São Paulo, com bolsa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Atualmente desenvolve a pesquisa O diabo também é brasileiro - A figura do demônio no cinema nacional, orientada por Rogério Ferraraz.
 
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