Dossiê | edição 8 | Julho-Dezembro de 2010
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Uma outra república do entretenimento
 
Márcio Serelle
 
Resumo:
   
Este artigo propõe a noção de entretenimento fraturado como modo de compreensão, em nosso meio, de determinadas narrativas midiáticas (telenovelas, reality shows, alguns filmes), que, na redução do ficcional, conformam instâncias de debate acerca de temáticas políticas, sociais e culturais, em relação direta com o circunstancial. Essa característica de nosso entretenimento, que escapa à definição do âmbito – à sua condição de mundo duplicado e autônomo, desobrigado de ensinamento – é examinada a partir da particularidade histórica de nosso processo de midiatização, marcado pela imisção social das mídias que, sem encontrar propriamente resistência da cultura letrada europeizada e na insuficiência de aparatos tradicionais asseguradores de cidadania (como, por exemplo, o sistema educacional), assumem – e/ou a elas é conferida – função pedagógica.
Palavras-chave:
   
  Cultura das mídias, entretenimento, ficção, televisão brasileira.
O autor:
 
 
Professor do Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da PUC-Minas.
 
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