Artigo | edição 9 | Janeiro-Junho de 2011
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Obscenidade e jogos de interdição
 
Andrea Limberto Leite
 
Resumo:
   
A determinação do que seja obsceno está intimamente ligada à dinâmica da visibilidade. Se entendermos o visível como o domínio onde é possível uma hierarquização regrada de conteúdos, o obsceno representa, então, o momento do choque, do acinte em que a ordem do visível é rompida. Revela-se uma curiosidade pelo que outrora era encoberto. Entendemos, da mesma forma, que, no caminho inverso, o sentido do que seja obsceno regula a atividade normal dos conteúdos nas mídias. Pretendemos, neste artigo, fazer uma reflexão sobre a determinação da visibilidade e da obscenidade como categorias privilegiadas para pensar a estrutura da seleção de informações e de processos em que ela tenha de passar por um crivo: a autoria, a legislação, a censura. Nossa perspectiva teórica trata as questões da dinâmica da enunciação, em que as categorias observadas são maneiras de dizer. Não consideramos, assim, a existência de um conteúdo a ser interdito em si.
Palavras-chave:
   
  Obsceno, interdição, visibilidade midiática.
O autor:
 
 
Doutora pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação da Escola de Comunicações e Artes da USP.
 
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