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As Estrelas Cadentes do meu Céu são feitas de Bombas do Inimigo

As estrelas cadentes do meu ceu sao feitas de bombas do inimigo_TUSP

Sou o contrário de um mágico. Ele faz a mentira parecer verdade e eu faço a verdade parecer mentira.
Tennessee Williams

Indicado ao Prêmio Shell 2013 em duas categorias, a peça As Estrelas Cadentes do meu Céu são feitas de Bombas do Inimigo cumpre temporada no TUSP durante o mês de agosto.

A Cia. Provisório-Definitivo reestreia no TUSP, a partir de 02 de agosto, 21h30, a peça As Estrelas Cadentes do Meu Céu São Feitas de Bombas do Inimigo. Após temporadas de sucesso no Sesc Consolação e no CIT-ECUM, a encenação, com direção de Nelson Baskerville, é inspirada em relatos de guerra, contidos nos livros Diários de Guerra – Vozes Roubadas (de Zlata Filipovic e Melanie Challenger) e Diário de Anne Frank. A trama, que recebeu indicação ao Prêmio Shell 2013 nas categorias melhor direção e melhor iluminação,  fica em cartaz até 25 de agosto, de sexta a domingo.
Com uma narrativa não linear e não cronológica, a peça utiliza trechos de 12 diários escritos por crianças e jovens durante conflitos de guerra. A história fragmentada retrata passagens ocorridas desde Primeira Guerra Mundial até a mais recente invasão do Iraque, passando pelo Vietnã, pela Intifada palestina e por vários momentos da Segunda Guerra Mundial. O diretor explica que “o olhar puro, sem interferência sobre a guerra, não mascara ideologicamente a verdade do que acontece”.
Esta peça-documentário (termo que o grupo adotou por considerar mais apropriado) faz recortes teatrais dos relatos das crianças e jovens – com direito a licenças poéticas, onde o rigor histórico cede lugar à liberdade de criação. “Esta foi a melhor forma que encontramos para contar as histórias, mais do que uma cópia fiel dos fatos, nos interessou a leitura artística que poderíamos fazer sobre eles”, argumenta o ator Pedro Guilherme. Além dos textos inspirados nos diários, outros foram escritos pelos atores e pelo diretor.
O Brasil foi contemplado na encenação com um personagem da guerra do tráfico na periferia paulistana. O jovem (Washington) teve a sua história retratada no documentário Jardim Ângela, de Evaldo Mocarzel. “Era importante trazer esse tema da guerra também para os trópicos; é importante questionarmos sobre qual é a guerra de cada um”, comenta o diretor.
A montagem tem linguagem épica e, para reforçar o quadro cênico, iluminação não convencional, bonecos cenográficos, confeccionados especialmente para a peça, e projeções em vídeos (cenas de filmes, reportagens de guerra, imagens abstratas e cenas com os atores).
O diretor cita Tennessee Williams: “Sou o contrário de um mágico. Ele faz a mentira parecer verdade e eu faço a verdade parecer mentira”, e diz que a frase permeia toda a encenação.
Ao dar identidade a anônimos, em meio a grandes conflitos do século XX e XXI, a peça exibe um profundo panorama documental dessas questões. “Muito além de eleger heróis ou vilões, parece-nos necessário indagar sobre o nosso papel nos processos evolutivos da sociedade”, refletem os membros da companhia. Segundo eles, as histórias apresentadas não falam simplesmente de crianças, mas de seres humanos que, independente da idade, origem ou crença, protagonizam histórias tão próximas e ao mesmo tempo distantes, tão coerentes e absurdas, tão belas e apavorantes. É nessa trilha de antagonismos que transita a encenação de As Estrelas Cadentes do Meu Céu São Feitas de Bombas do Inimigo.
Esse espetáculo foi contemplado pelo 4º Concurso de Montagem Teatral do Centro da Cultura Judaica e ProAC ICMS (Programa de Ação Cultural do Estado de São Paulo).

Sinopse

As Estrelas Cadentes do Meu Céu são feitas de Bombas do Inimigo é um espetáculo desenvolvido em processo colaborativo entre os atores-criadores da Cia. Provisório-Definitivo (Carlos Baldim, Paula Arruda, Pedro Guilherme) e Thaís Medeiros e o diretor Nelson Baskerville. Esta peça foi inspirada em uma série de relatos de crianças e jovens que viveram em tempos de guerras, textos dos atores e do diretor, filmes e trechos filmados do processo de trabalho.
Duração | 60 min
Classificação etária | 14 anos

Ficha Técnica

Dramaturgia | Carlos Baldim, Paula Arruda, Pedro Guilherme, Thaís Medeiros e Nelson Baskerville Direção | Nelson Baskerville Elenco | Carlos Baldim, Paula Arruda, Pedro Guilherme, Carolina Tilkian e Victor Merseguel Assistência de direção | Sandra Modesto Preparação corporal | Neca Zarvos Cenário | Cynthia Sansevero e Nelson Baskerville Figurino | Marichilene Artisevskis Iluminação | Aline Santini e Nelson Baskerville Concepção Sonora | Gregory Slivar. Todas as músicas foram compostas, gravadas e interpretadas pelo Gregory Slivar Projeto audiovisual | Lucas Bêda Visagismo | Emi Sato Assistência de visagismo | Valeria Gomes Adereços |PalhAssada Ateliê (Karina Diglio e Marcos Tadeu Diglio) Costureiras | Judite Gerônimo de Lima e Desolina Operação de vídeo | Felipe Jóia Operação de som | Samuel Gambini Design gráfico | Benoit Jeay Assistência de produção e bilheteria | Maria Medeiros Fotos | Ligia Jardim e Douglas Renné Registro em vídeo | Edson Kumasaka Contabilidade | Paula Romano e Raquel Chaves Coordenação geral | Paula Arruda Produção executiva e Realização | Cia. Provisório-Definitivo

Serviço

As Estrelas Cadentes do meu Céu são feitas de Bombas do Inimigo
De 02 a 25 de agosto de 2013
Sextas, 21h30 | Sábados, 21h e Domingos, 19h
Duração: 60 min. | Indicação de faixa etária: 14 anos.
Capacidade – 98 lugares
Preços – R$ 20,00 (Inteira) e R$ 10,00 (Meia)*

A aquisição dos ingressos para espetáculos em cartaz no TUSP pode ser feita duas horas antes do início do espetáculo. As formas de pagamento aceitas são dinheiro e cheque.

*Meia-entrada | Para estudantes mediante apresentação de carteirinha ou comprovante de matrícula válido para o ano vigente; para maiores de 60 anos; professores e funcionários da USP mediante apresentação de carteirinha ou hollerith; professores da rede pública estadual e municipal mediante apresentação de hollerith ou carteira funcional emitida pelas respectivas Secretarias de Educação.

Estacionamento | O estacionamento Mariauto, no número 176, tem acordo com o teatro e o público tem desconto mediante apresentação de carimbo (do TUSP) no comprovante de entrada.

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