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Celso Frateschi recebe honraria da Ordem do Mérito Cultural

Celso Frateschi - TUSP

Por Elcio Silva

A presidenta Dilma Roussef e a ministra da Cultura Marta Suplicy entregaram no dia 05 de novembro – Dia Nacional da Cultura – a Ordem do Mérito Cultural a quatro instituições e a 26 personalidades, nas classes Grã-Cruz, Comendador e Cavaleiro.

A Ordem do Mérito Cultural é concedida para homenagear as personalidades brasileiras e estrangeiras que prestaram contribuições significativas à cultura nacional. Ela é dividida em três classes e a concessão é feita por decreto presidencial após votação da Comissão Técnica e pelo Conselho da Ordem. Sua concessão também pode ser feita post-mortem, recebido neste caso pelos descendentes diretos.

A arquiteta Lina Bo Bardi e a artista plástica Djanira da Motta e Silva, que completariam um século de vida em 2014, receberam homenagens especiais.

O ator, diretor e dramaturgo Celso Frateschi recebeu a honraria na classe Cavaleiro em reconhecimento a seus serviços prestados à cultura de nosso país. Frateschi, que foi diretor do Teatro da USP por duas ocasiões, estreou no Teatro de Arena de São Paulo em 1970 com a peça Teatro Jornal 1ª edição, de Augusto Boal.

Celso ficou muito feliz quando recebeu o convite para participar da solenidade. “Fiquei super surpreso, não só por receber a honraria pelo meu trabalho de ator, mas principalmente por saber que ela foi concedida pelos serviços prestados como agente cultural, tanto como secretário de cultura em São Bernardo e em São Paulo, como quando fui presidente da Funarte e também durante a direção do Teatro da USP” completa.

Para ele foi muito importante ver pessoas tão distintas, das mais diversas artes, sendo agraciadas por seus serviços prestados a cultura nacional. “Foi muito bom poder dar um abraço na presidenta Dilma em uma cerimônia linda, fazia muito tempo que não conversava com ela”. Frateschi disse ainda que receber essa honraria com outros nomes do teatro que ele admira muito trouxe muita alegria. “Receber a ordem do mérito cultural com Chico de Assis e Matheus Nachtergaele, pessoas que admiro muito, foi uma honra e motivo de muito orgulho”.

Frateschi trabalhou com os principais diretores do teatro brasileiro, com Fernando Peixoto, Márcio Aurélio, Rubens Rusche, Enrique Diaz e José Possi Neto. Foi premiado nos espetáculos: Os Imigrantes-autoria própria, Prêmio Mambembe de Melhor Projeto (1978), Eras (1988), de Heiner Müller, Prêmio Shell de Melhor Ator, Do Amor de Dante por Beatriz, de Dante Alighieri, com adaptação de Elias Andreato, Prêmio Apetesp de Melhor ator (1996).

Na televisão, participou de minisséries e novelas, como: Memorial de Maria Moura, A Muralha, O Beijo do Vampiro, Um Só Coração, Paixões Proibidas, Caros Amigos, Casos e Acasos, O Astro e José do Egito. Na área da administração pública, foi Secretário de Educação, Cultura e Esportes do Município de Santo André entre 1989 e1992 e 1997 a 1998 e Secretário de Cultura do Município de São Paulo no período de 2003 a 2004. Também foi Presidente da Funarte de 2006 a 2008 e Secretário de Cultura de São Bernardo do Campo em 2009. Na USP, desde 1980 é professor de Interpretação da Escola de Arte Dramática, (EAD/ECA/USP) e foi diretor do Teatro da USP de 2006 a 2007 e de 2010 até o início de 2014.

Atualmente está em cartaz no Teatro Ágora com a peça Sonho de um Homem Ridículo.

Outras personalidades importantes para a cultura do país também foram agraciadas na solenidade, dentre elas: a escritora Adelia Prado, o roteirista e diretor Orlando Senna, o rapper Mano Brown, o chef Alex Atala, a cantora Marisa Monte, o mestre de cultura popular Tião Oleiro, o maestro Julio Medaglia, a atriz Patrícia Pillar, o antropólogo Hermano Vianna, o cantor Pinduca e o Palhaço Gafanhoto.

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