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1968, melhor que não se esqueça…
Rua Maria Antônia, São Paulo. Nº 154.

A Iminência da Morte das Plantas pelos Canhões de Guerra revisita, com olhar atual, o Brasil de quase 50 anos atrás. Vozes individuais e coletivas são confrontadas no apartamento de Téo e Isa, jovens irmãos que, junto com o novo integrante da casa, Mateus, encontram no teatro uma forma ler a realidade política nacional. Primeira criação do Coletivo Seiva Bruta, grupo de jovens artistas formado no CAC-USP, que realiza a abertura de processo deste espetáculo no TUSP em dezembro de 2017.

Trancados como forma de proteção e abrigo em relação ao avanço da repressão do governo militar, os três atravessam o ano de 1968 passando pelas revoluções culturais e as revoltas políticas lideradas pelo movimento estudantil. Narram a morte do estudante Edson Luís, expõe suas contradições na Batalha da Maria Antônia, viajam até o congresso de Ibiúna e como um delírio de um dia terem achado a possibilidade de impedir o avanço opressor do aparato militar, terminam separados com a decretação do AI-5. Através de jogos de metalinguagem, presentes em todo o texto, que trazem à tona dramaturgias históricas, eles buscam no Teatro uma forma de entender a vida.

A peça A Iminência da Morte das Plantas pelos Canhões de Guerra tem na base de sua criação três referências fundamentais: o filme Os Sonhadores, de Bernardo Bertolucci, no qual três jovens universitários vivem em um apartamento em pleno fervor das manifestações de maio nas ruas de Paris; o livro 1968: O Ano que não Terminou de Zuenir Ventura, que trata das transformações e lutas ocorridas no Brasil naquele ano e o artigo “Sobre o Conceito de História” de Walter Benjamin. A peça traz a situação dos jovens do filme para o contexto político-social do Brasil de então, através da visão de História que se reflete diretamente no presente apontada por Benjamin.

Atuação: Camila Móra, Fernando Moraes e Henrique de Paula | Direção: Victor Walles | Dramaturgia: Maíra do Nascimento | Cenografia: Guiga Wolff Lemos | Produção: Ana Bonetti | Audiovisual: Giulia Martini

Abertura de Processo: A Iminência da Morte das Plantas pelos Canhões de Guerra
13 de dezembro, 20h | gratuito
Ingressos distribuídos 1h antes do início da sessão.