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[Atualização 27/06 – APRESENTAÇÕES CANCELADAS: Por conta do contágio por COVID pelo elenco, as sessões que aconteceriam entre 28/06 e 01/07 estão canceladas.]

Para marcar a inauguração da nova sala de espetáculos do TUSP no Anfiteatro Camargo Guarnieri, no campus Butantã, os Encontros com Boal são um conjunto de atividades que se propõem a (re)apresentar a obra de Augusto Boal – um dos mais influentes e internacionalmente reconhecidos artistas do teatro brasileiro – sob diversos aspectos, a partir da contribuição de especialistas com diferentes olhares para a produção do dramaturgo, encenador e idealizador do Teatro do Oprimido. Totalmente gratuita, nossa programação especial de aulas, apresentações e um workshop começa dia 20 de junho e prossegue até 1 de julho de 2022. Todos os eventos são gratuitos!

Entre 20/6 e 01/7 (terças, quartas e sextas, 18h; quintas, 20h), coroando os Encontros com Boal no TUSP Butantã, recebemos duas semanas de uma pequena temporada do prestigiado espetáculo Hamlet:16×8, baseado nas memórias de Boal. Sua autobiografia, Hamlet e o Filho do Padeiro: Memórias Imaginadas é o mote do solo de Rogério Bandeira, com direção de Marco Antonio Rodrigues.

“Pela primeira vez me senti sozinho, em teatro.
Sou homem de grupo (…)
o peixe que vive em cardume. Sou cardume!” - Augusto Boal

Hamlet: 16 x 8 é uma obra cênica interpretada por Rogério Bandeira, com direção de Marco Antonio Rodrigues, a partir de trechos da memória e da experiência relatada por Augusto Boal no livro Hamlet e o Filho do Padeiro: Memórias Imaginadas. No palco, o escritor e encenador é personagem e figura quase mítica. A cena vai peneirando os achados, os ditos e os quereres de Boal representando toda uma geração do teatro brasileiro refundada no Teatro de Arena.

“Boal sempre sonhou, sem fazer o Hamlet no pequeno palco do Arena. Talvez porque duvidar dê sentido a um eterno caminho. Por isso, menos como homenagem, mais como procedimento, este artefato cênico na forma de monólogo dialogado assim se autobatiza”, diz Marco Antonio.

Os ecos vão ganhando materialidade – tempos, geografias e subjetividades são presenças que invadem o imaginário contemporâneo, brasilidades sublinhadas.

“Boal é nossa inspiração. Estão em cena, através da figura do Rogério Bandeira, inspirações vindas da ‘teoria’ e da ‘prática’ dele, Augusto. A teoria no caso é a memória Hamlet e o filho do Padeiro, que passeia com graça e talento pela vida e obra do Boal em depoimento pessoal e coloquial, sua autobiografia. A prática é o dito e feito no show Opinião: a esfera privada, familiar e hamletiana do ator em tensão dialética com a atuação pública. Boal e Bandeira são intérpretes e personagens”, reitera Marco Antônio.

“Meu contato com o livro, após participar com a Cia. do Latão de seu lançamento pela editora Cosac Naify, fez com que eu mergulhasse por outras vias na literatura de Boal, que não a pedagógica ou dramatúrgica. Dessa vez me deliciei com a forma distanciada e poética em que o autor aborda sua vida: família, palcos, professores, ditadura, exílio, medos, mas principalmente, o experimento revolucionário em sua passagem pelo Teatro de Arena”, declara Bandeira.

FICHA TÉCNICA

Direção: Marco Antonio Rodrigues / Atuação: Rogério Bandeira / Dramaturgia: Marco Antonio Rodrigues e Rogério Bandeira / Produção: Corpo Rastreado / Iluminação: David Costa / Figurino: Cassio Brasil / Assistente de Figurino: Carlos Escher / Concepção de cenário: Rogério Bandeira / Assistente de Direção: Tiago Cruz / Assessoria de Imprensa: Adriana Monteiro / Cards e filmes curtos para divulgação: David Costa e Tiago Cruz / Fotografia: Pio Figueiroa

 Todos os eventos são gratuitos.