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A Mostra CAC Tennessee Williams reúne montagens de peças curtas do dramaturgo estadunidense feitas pelos alunos da disciplina “Direção II” do curso de artes cênicas da ECA-USP, orientados por Cibele Forjaz. Em dois dias, os experimentos investigam a atualidade do universo de Tennessee Williams a partir da visão de cinco grupos.

03.08 (quarta-feira)
“Por que você fuma tanto, Lily?” (30 min. | 19h)
Num apartamento moderno em St. Louis, uma rica família se vê entre o conservadorismo e sua ruptura. Nossas Lilys terão de resistir à onda retrógrada antes que a voz opressora que paira sobre a sociedade se interiorize.
Direção Eduardo Gutierrez Assistência de direção Danilo Arrabal Cenografia Danilo Arrabal e Eduardo Gutierrez Figurino Marina de Abreu e Valmir PS Iluminação Danilo Arrabal e Valmir PS Sonoplastia Eduardo Gutierrez e Juliana Piesco Elenco Juliana Piesco, Luiza Elias, Marina de Abreu, Paula Halker, Rafael de Souza e Valmir PS

E contar tristes histórias das mortes das bonecas (60 min. | 20h)
Sentem-se aqui e vamos viver tristes histórias das mortes das bonecas, se em Nova Orleans, Orlando ou São Paulo, se 1950 ou 2016, não importa muito, pois continuamos sobrevivendo e a história dessas bichas, dessas bonecas, precisa ser contada. Candy é, como muitas pessoas, diferente do que a sociedade espera, mas o mundo não recebe bem os estranhos, os veados, os insanos. O desejo, ou talvez solidão, faz com que ela leve Karl, da marinha mercante, até sua casa. A partir daí a história poderia ser feliz, mas, nós, como Alvim e Jerry, bichas que moram nos fundos da casa de Candy, sabemos que essa história é triste. Quando “ser” é uma luta diária e nossa existência, nosso mundo, nossos bares, nossas casas são destruídos todos os dias, contar e viver nossas histórias é resistência. Morremos ao amanhecer e ressuscitamos durante o crepúsculo, e vivas recontamos, revivemos e (re)existimos em nossas próprias histórias até que elas mudem.
Direção Victor Walles Assistência de direção Gabrielle Távora Iluminação Afonso Costa e Fernanda Machado Cenografia Giovana Souza Elenco Fauston Della Flora, Felipe Mendes, Guiga Wolff e Ronaldo Fogaça

O quarto rosa (20 min. | 21h30)
AMOR a.mor sm (lat amore) 1. Sentimento que induz a aproximar, a proteger ou preservar a pessoa pela qual se sente afeição; grande afeição ou afinidade forte por outra pessoa. 2. Sentimento que liga duas pessoas por tempo limitado; prazo de validade curto. 3. Construção social herdada da cultura romântica eurocêntrica, que normatiza as relações afetivas entre duas pessoas. CORTINA LENTA. Em um mundo cor de rosa, um homem e uma mulher estão imersos no amor. Ele, um burocrata preenchedor de alvarás que busca um acalanto. Ela, uma mulher que vive para o amor e faz dele o seu existir. Qual o limite de uma relação amorosa? A que o amor resiste? Amor existe? Amor?
Equipe Caio Ferreira, Isa Scoralick, Nemuel Silva e Raphael França

04.08 (quinta-feira)
O longo adeus, ou Algum outro nome para o 12 de maio (70 min. | 19h)
Primeiramente, fora Temer! 1935. 2016. 12 de maio. As ruas foram tomadas, por todos os lados. De fora ressoa uma voz de um não se sabe o quê. Os gritos se misturam ao som da bateria. Um manifesto-festa parece invadir as casas pelas janelas. Joe, um escritor, permanece dentro de casa, mórbido, estático, imóvel, sozinho. Suas coisas e suas memórias estão indo embora uma a uma, todas encaixotadas. Nada parece atingi-lo, além de um certo medo que o paralisa. Um medo daquilo que não se sabe. Os móveis serão tirados daqui antes que se possa fazer alguma coisa.
Direção Douglas Vendramini Iluminação Nara Zocher Cenografia Guilherme Rodrigues Elenco Felipe Carvalho, Guilherme Rodrigues, Marina Meyer, Matheus Miniguini, Mônica Santos, Paulo Vicente Hipólito, Pedro Carvalho

Esta propriedade está condenada (30 min. | 20h30)
Aclive por onde passa a ferrovia nos arredores de uma cidadezinha no Mississipi. Duas crianças e uma propriedade condenada. Willie e Tom transitam pelos trilhos de um trem da morte. Condenamo-nos, condena-se, por detrás de um moralismo que julga nos deparamos com uma violência exacerbada e destrutiva. Escolhemos falar de uma pequena cidade, de outro tempo, em outro lugar, distante. Ou não. “Eu preciso lavar o cabelo da minha Boneca Maluca. Ela começou a bancar a tonta dizendo e fazendo as coisas mais chocantes”.
Direção Otto Blodorn Cenografia e Figurino Gustavo Ferreira Elenco Ellen Regina e Robert Vinicius

Apresentações gratuitas
Mostra CAC Tennessee Williams
03 e 04 de agosto de 2016 | TUSP
Classificação indicativa: 12 anos