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Roma está em guerra contra Alba. Ao mesmo tempo, são ambas ameaçadas pelos etruscos. Para resguardarem seus exércitos contra o inimigo em comum, os chefes decidem que um Horácio lutará por Roma e um Curiácio lutará por Alba. A irmã do Horácio escolhido era noiva do Curiácio – mesmo assim, decidem lutar.

O Horácio mata o Curiácio e torna a Roma coberto de glórias. A irmã ignora a vitória do irmão e de Roma e chora pelo noivo. Horácio, indignado, usa da mesma espada glorificada pelos seus para matar a noiva do inimigo, sua irmã. Os romanos cessam os festejos. tiram-lhe a espada e organizam-se para entender e julgar o Horácio, divididos entre considerá-lo um herói ou um assassino.

Em apresentação especial gratuita dentro da Mostra de Teatro Estudantil do TUSP, o solo de Celso Frateschi – que rendeu-lhe o Prêmio Shell de atuação – baseia-se num dos textos da trilogia ERAS, montada pelo Teatro Pequeno em 1988, no SESC Pompeia, sob a direção de Marcio Aurélio. Ao texto original de Heiner Müller foram acrescentados fragmentos inspirados em Shakespeare e em Brecht e um trecho de outra peça de Müller.

Um espetáculo de simplicidade envolvente: um tablado, um ponto de luz, uma moeda, uma máscara e um ator reduzido à menor grandeza, concretizando a dúvida e o espanto dos romanos ante as atitudes de seu mais nobre guerreiro e expondo a plateia a questões éticas fundamentais.

Tradução: Ingrid Dourmien Koudela | Adaptação, concepção e interpretação: Celso Frateschi | Foto: Caio Lamas