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Inspirada no épico de Homero, com direção de Leonardo Moreira e dramaturgia coletiva, Odisseia (ou O Desaparecimento do Público), sétimo trabalho da Cia. Hiato indicado ao prêmio Shell em 2018, faz quatro novas apresentações no TUSP entre 22 e 25 de setembro. com ingressos vendidos via Sympla e na bilheteria.

No poema épico, Homero narra a turbulenta e longa viagem do herói Ulisses de volta para casa em Ítaca, depois de ter lutado na Guerra de Troia. Durante dez anos, foi feito refém pelo próprio mar e vivenciou uma série de perigos e aventuras mitológicas. Assim como a Ilíada, que narra a disputa entre os exércitos de Aquiles e Heitor na Guerra de Troia, a Odisseia tem origem na tradição oral e é considerado uma das pedras fundamentais da literatura ocidental.

O espetáculo da Cia. Hiato associa trechos da obra original às experiências da vida dos atores. É o ponto de chegada de uma longa jornada de volta; um desejo de regresso ao lar; um conto simples e humano contado através de uma estrutura complexa; mas principalmente é uma tentativa de pensar em nós mesmos como fragmentos antigos de uma arqueologia futura.

O protagonista Ulisses não está em cena; o público assume esse papel ao ouvir as histórias contemporâneas. Em diferentes momentos, o espectador assume as figuras de um migrante, um líder político ou militar, um estrategista, um poeta, um pai e marido amoroso, um adúltero, um morador de rua, um ladrão e mentiroso, um assassino em massa, um herói de guerra e assim por diante.

A companhia dividiu a obra de Homero em sete investigações ligadas a alguns personagens: Telêmaco, o filho abandonado; Penélope, a esposa que aguarda longamente o retorno do marido; a ninfa Calipso, que oferece a Ulisses sua imortalidade e amor; Circe, a bruxa que o guiou ao mundo dos mortos; os companheiros de navio, que morreram antes de chegar em casa; os escravos da casa do protagonista; a deusa Atena, que arquitetou uma guerra no nome do herói.

A ideia é que personagens e atores contem suas histórias pessoais – algumas verdadeiras, outras falsas, sonhos, memórias e dúvidas. O espetáculo mostra ao público que não há limites entre a mitologia e a vida comum e que todos podem ser igualmente míticos e ordinários.

O espetáculo foi uma coprodução com o Onassis Center Athens, Mousonturm/Frankfurt, estreou em Atenas, Grécia, em 2018, realizou temporada em São Paulo e desde então vem percorrendo palcos nacionais e internacionais, tendo participado do Festival de Curitiba, Santiago a Mil, no Chile, em sete cidades da Holanda no Explore Festival, o FITEI no Porto, além de turnê por Frankfurt, Mannheim e Hanôver, na Alemanha.

A Cia Hiato recebeu em 2018 a indicação ao Shell na categoria Inovação pela realização deste espetáculo e pelos 10 anos de trajetória artística no Brasil e no exterior, sendo premiada ainda em 2019 como a melhor peça do festival Explore.

Criada pelo diretor e dramaturgo Leonardo Moreira, a Cia Hiato comemorou, em 2018, os 10 anos de seu primeiro trabalho, Cachorro Morto (2008), vencedor do prêmio FEMSA de melhores espetáculo e cenografia. Outras peças do grupo são Escuro (2009), que recebeu o Shell em 2011 nas categorias de melhores dramaturgia, figurino e cenografia; Jardim (2011), ganhadora dos APCA (melhor direção) Shell (autor e cenário), CPT – Cooperativa Paulista de Teatro (autor e espetáculo) e Questão de Crítica (figurino); Ficção (2012); 02 Ficções (2014) e Amadores (2017), ganhadora do APCA de melhor direção.

SINOPSE
Os sete atores desenlaçam memórias, dúvidas e sonhos a partir dos personagens e narrativas do épico grego: o abandono de Telêmaco; a rejeição de Calipso; o corpo de Circe; a violência estratégica de Atena; o fogo de Héstia; a espera de Penélope. Uma viagem a um só tempo íntima e grandiosa; o encontro entre o ridículo da nossa vida ordinária e a força mítica das histórias que ainda tentam nos explicar por que, depois de tudo dito e feito, podemos igualmente ser ordinários e míticos.

FICHA TÉCNICA
Direção: Leonardo Moreira | Escrito por:  Aline Filócomo, Aura Cunha, Fernanda Stefanski, Leonardo Moreira, Luciana Paes, Maria Amélia Farah, Paula Picarelli e Thiago Amaral | Elenco: Aline Filócomo, Aura Cunha, Flávia Melman, Maria Amélia Farah, Nilcéia Vicente e Paula Picarelli | Assistência de Direção | Codireção: Aura Cunha e Luciana Paes | Dramaturgismo: Mariana Delfini | Iluminação e Cenografia: Marisa Bentivegna | Direção Audiovisual e Arte Gráfica: Laerte Késsimos | Trilha Sonora: Miguel Caldas
 | Operação de som: Tomé de Souza | Figurinos: Chris Aizner
 | Objeto de Cena (Argos), Operação de Vídeo e Assistência de Palco: Cezar Renzi | Assessoria de Imprensa: Pombo Correio | Fotos: Elina Giounanli e Ligia Jardim | Registro em Vídeo: Ricardo Sêco | Direção de Produção: Aura Cunha | Produção Executiva: Yumi Ogino

SERVIÇO

Odisseia | Uma criação da Cia. Hiato. | Inspirado na Odisseia de Homero.

Temporada: 22 a 25 de setembro, de quinta a sábado, às 19h, e no domingo, às 18h | TUSP – Teatro da USP – R. Maria Antônia, 294 – Vila Buarque

Ingressos: R$20 (inteira) e R$10 (meia-entrada), online via Sympla e 1h antes da sessão na bilheteria do teatro.

Classificação: 18 anos | Duração: 240 minutos | Capacidade: 90 lugares