João Angelo Oliva Neto (São Paulo, 1957) []

Bio


Bacharel em Letras (Inglês e Português) USP, 1982.
Bacharel em Letras (Latim e Grego), USP, 1988.
Mestre em Letras Clássicas, USP, 1993.
Doutor em Letras Clássicas, USP,1999.
Professor-doutor assistente da Universidade de São Paulo na graduação em Língua e Literatura Latina e na Pós-Graduação em Letras Clássicas.
Ministra o curso de Pós-Graduação: “Lírica” latina e seus gêneros confins: elegia, iambo e lírica.
Linhas de pesquisa: poética e gêneros da poesia antiga; tradução poética do grego e do latim, e estudos de história da tradução de poesia greco-latina em português.

Publicações



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As Metamorfoses de Ovídio (2007)

As Metamorfoses são o poema da rapidez, tudo deve seguir-se em ritmo acelerado, impor-se à imaginação, cada imagem deve sobrepor-se a uma outra imagem, adquirir evidência, dissolver-se. É o princípio do cinematógrafo: cada verso como cada fotograma deve ser pleno de estímulos visuais em movimento. O horror vacui domina tanto o espaço quanto o tempo. Ao longo de páginas e mais páginas todos os versos estão no presente, tudo acontece diante de nossos olhos, os fatos premem-se, toda distância é negada. E, quando Ovídio sente a necessidade de mudar de ritmo, a primeira coisa que faz não é mudar o tempo dos verbos mas a pessoa, passar da terceira para a segunda, isto é, introduzir a personagem sobre a qual está para falar dirigindo-se a ela diretamente com o tu: "Te quoque mutatum torvo, Neptune, juvenco". (Ítalo Calvino)



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Falo no Jardim: Priapéia Grega, Priapéia Latina (2006)

Priapéia é o conjunto de poemas gregos e latinos - epigramáticos e anônimos quase sempre - que tem como figura central Priapo, deus fálico, protetor da fecundidade e da fertilidade. Tais poemas em grande parte são jocosos, quando não explicitamente obscenos e, no entanto, a qualidade poética é proporcional à obscenidade e ao humor.
Falo no Jardim: Priapéia Grega, Priapéia Latina oferece os originais gregos e latinos e, ao lado, rigorosa tradução poética em língua portuguesa. Há também notas explicativas que auxiliam a compreensão do texto. Além disso, o livro traz 60 imagens de esculturas, pinturas, mosaicos, relevos, que figuram não só Priapo, como outras divindades e até objetos cotidianos em que se representa o falo. Todas as imagens são antigas e vêm comentadas.
O livro inclui ainda alguns poemas priapeus do Brasil, Portugal e Itália, anotados, e antologia de traduções de poemas da Priapéia feitas por poetas portugueses e brasileiros.



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O Livro de Catulo (1996)

Ao traduzir o Livro de Catulo do latim ao português, João Angelo Oliva Neto vincula-se ao mais antigo veio da literatura latina, que, justamente, foi inaugurada com uma tradução, quando Lívio Andronico verteu a Odisséia de Homero do grego ao latim. Segue também a lição de escritores latinos, tais como Cícero, ao propor uma tradução poética que, ao contrário da cópia servil, reconstrói engenhosamente o original latino com os recursos próprios da língua portuguesa. Assim, a tradução de João Angelo faz-se, a um tempo só, apta ao julgamento severo de leitores especialistas em latim e acessível à apreciação despretensiosa, mas também exigente dos leitores não-especialistas; outro lema, aliás, dos Antigos, que apregoavam que o escritor devia, simultaneamente, instruir os doutos e deleitar os leigos. A ambos destinam-se também estudo e comentários, que se podem ler, respectivamente, na "Introdução" e "notas" à tradução.

Produções em Andamento


Outubro, 2010

31 Traduções inéditas
Plínio, o Jovem I, 20
(em PDF )