Notas

Ferrovias no Brasil

  • Facebook facebook
  • Twitter twitter
  • AddThis mais
A importância de dormir bem

 

Cinderela Caldeira

Entre 1997 e 2008,  as ferrovias brasileiras foram privatizadas e, desde então dados mostraram que sua produção dobrou, medida em toneladas transportadas por quilômetro útil (TKU). O total transportado foi de 450,5 milhões de toneladas em 2007, mostrando um crescimento de quase 78% em relação a 1997.

Com o objetivo de avaliar essa evolução no transporte ferroviário no Brasil, o pesquisador Rafael Antonio Cren Benini, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), analisou a concentração na indústria de transporte ferroviária brasileira, realizou um benchmarking entre concessionárias e verificou se as metas estabelecidas para elas para investimentos, aumento de produção e redução de acidentes foram atingidas.

Segundo Benini, a privatização trouxe uma redução de acidentes e aumento nos investimentos, nos empregos, na produtividade, mas não resultou na redução dos preços. Os investimentos realizados nas malhas concedidas à iniciativa privada subiram de R$ 574 milhões em 1997 para R$ 4,3 bilhões em 2008. Os empregos diretos e indiretos aumentaram de 16.662 em 1997 para 37.720 em 2008 e o número de acidentes caiu cerca de 80%.

Dados do Banco Mundial (Bird) indicaram que, de 1996 até 2003, as concessionárias aumentaram a receita por TKU transportado em 12,8% e melhoraram a produtividade por empregado (291,5%), por quilometragem de malha (78,7%), por número de locomotiva (23,6%) e por número de vagões (53,9%).

A pesquisa orientada por José Vicente Caixeta Filho, professor do Departamento de Economia, Administração  e Sociologia da Esalq, analisou a concentração de mercado de 11 malhas do Brasil: Sul, Nordeste, Carajás, Vitória a Minas, Centro-Leste, Ferroeste, Paulista, Norte, Sudeste e Teresa Cristina. O resultado mostrou que as linhas ferroviárias são altamente concentradas, com poucos concorrentes e com a concessionária sendo a firma líder em sua malha.

A conclusão do estudo indicou que o modelo de privatização brasileiro foi positivo. Mas, mesmo melhorando os principais indicadores de produtividade, a estrutura ainda precisa de alguns ajustes, entre eles o controle dos preços praticados para o transporte ferroviário. Outro ajuste seria a separação contábil entre concessionária da malha fixa e a operadora de transporte a fim de mostrar os custos envolvidos em cada operação, com o objetivo de aumentar a competição das firmas operadoras de transporte ferroviário.

Deixe um Comentário

Fique de Olho

Enquetes

As questões nas reuniões do Conselho Municipal de Política Urbana envolvem, indiretamente, transporte e mobilidade. Em sua opinião, qual item seria prioridade para melhorar o transporte público?

Carregando ... Carregando ...

Dicas de Leitura

A história do jornalismo brasileiro

O livro aborda a imprensa no período colonial, estende-se pela época da independência e termina com a ascensão de D. Pedro II ao poder, na década de 1840
Clique e confira


Video

A evolução do parto

O programa “Linha do Tempo”, da TV USP de...

Áudio

Energia eólica e o meio ambiente

O programa de rádio “Ambiente é o Meio” foi...

/Expediente

/Arquivo

/Edições Anteriores