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Gestão universitária em foco

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Violências emanam de mais de uma fonte

 

Por Aldrin Jonathan

ReproduçãoIntencionando atribuir ferramentas de desenvolvimento, MBA em Gestão Pública é importante curso para capacitação

 

No dia 9 de maio ocorre a formatura das duas primeiras turmas do curso MBA em Gestão Pública, que capacitou 96 servidores técnicos-administrativos da Universidade. A especialização gerenciada pela Escola Técnica e de Gestão da USP, Escola USP, fomenta a qualificação dos servidores da Universidade, estimulando a criação de lideranças para funções de gestão.

A USP é extremamente grande, os números revelam seu gigantismo: 92 mil alunos, 6 mil docentes, 17 mil servidores. Possui inúmeros cargos de gestão ocupados por servidores docentes e técnico-administrativos, isso implica em diretorias e vice-diretorias de unidade, chefias de departamento, centros e institutos, além dos setores específicos, como departamentos de finanças, recursos humanos, controladoria. O número de pessoas ocupadas com tarefas administrativas na Universidade é comparado ao quadro de funcionários de grandes empresas como a Embraer.

Cláudia Passador vê modernização da Universidade como o foco docurso MBA em Gestão Pública

Cláudia Passador vê modernização da Universidade como o foco docurso MBA em Gestão Pública

Com o objetivo de capacitar esse público a fim de desenvolver boa gestão dos assuntos universitários, foi oferecido em 2012 o curso MBA em Gestão Pública. A especialização foi gerenciada pela Escola USP em parceria com o Centro de Estudos em Gestão de Políticas Públicas Contemporâneas (GPlublic) da Faculdade de Economia, Administração, e Contabilidade de Ribeirão Preto (FEA-RP). Até o momento, foi o curso de capacitação mais extenso provido pela Escola. Contemplando as principais áreas da administração, foi ministrado ao longo de 18 meses com duração de 460 horas, atingindo 96 servidores.

“O objetivo do curso é fornecer, justamente, ferramentas e técnicas de gestão para tomadas de decisão”, avalia sua coordenadora e docente da FEA-RP, Cláudia Passador. Segundo a professora, o foco é modernizar a Universidade, disponibilizando instrumentos não apenas conceituais, mas que enriqueçam o cotidiano dos servidores, de forma a propiciar a implementação dos conceitos aprendidos durante a formação.

A Escola USP foi criada em 2012 para atender à necessidade de qualificação de servidores, bem como formar e aprimorar lideranças. “A ideia é que todo servidor técnico-administrativo da Universidade tenha oportunidade de fazer pelo menos alguma atividade de desenvolvimento por ano, até porque é algo inerente à própria participação da pessoa em uma organização”, afirma Guilherme Ary Plonski, coordenador da instituição.

Segundo o coordenador, a Escola realiza um papel denominado educação corporativa, contribuindo essencialmente para a realização dos objetivos da Universidade, tornando sucessivas gerações de servidores partícipes dos valores universitários e preparando seu corpo profissional para lidar com a dinâmica de transformações da área. Nesse sentido, faz parte da relação entre organização e funcionários a disponibilização de alguma atividade de desenvolvimento.

Coordenador da Escola USP, Plonski avalia a instituição a serviço dos objetivos da Universidade

Coordenador da Escola USP, Plonski avalia a instituição a serviço dos objetivos da Universidade

Como forma de atuação, a Escola USP oferece variados cursos de formação, como o de Meritocracia que já capacitou cerca de mil servidores. Com o tempo, haverá a criação de uma matriz de capacitação, associada aos planos de carreira.

À medida que um profissional se insere numa área de trabalho específica, é preciso que ele vá se capacitando. De acordo com Plonski, com a promoção de cursos como o MBA, os profissionais adquirem uma visão horizontalizada da Universidade, ou seja, mais sintonizada com os processos de gestão numa macroescala. A intenção é que os servidores que passarem pelo curso se tornem aptos a lidar com diversas situações.

Servidora do Departamento de Finanças da Universidade e participante da última turma de MBA, Sílvia Maria de Carvalho Silva avalia que os exercícios apreendidos durante as aulas estão de acordo com seu dia a dia. “Foi muito importante para minha formação, pois agregou ferramentas que são aplicadas no meu cotidiano de trabalho”, diz.

Servidor do Museu de Arqueologia e Etnologia, Fábio Batista dos Santos compartilha a mesma sensação em relação à formação e ressalta a importância das discussões incentivadas pelo curso na resolução de problemas e na aproximação interpessoal. No entanto, faz ressalva a respeito dos assuntos tratados. “Embora excelentes, deveriam abordar temas do cotidiano da USP, de modo a trazer soluções unificadas para todas as unidades”, completa.

“Além de fornecer ferramentas de gestão estratégica no setor público, o curso resgata um aparato conceitual sobre a formação e as heranças do Estado brasileiro e a cultura brasileira dentro da administração pública”, avalia a coordenadora Cláudia Passador. Dividido em três partes didáticas, o curso aborda a administração pública brasileira dentro do contexto econômico nacional, bem como instrumentos para controle de gestão.

Equipe da Escola Técnica e de Gestão

Equipe da Escola Técnica e de Gestão

Além do estudo dos aspectos conceituais, os formandos elaboraram trabalho de conclusão ao final do curso. Em março passado, houve a apresentação de 20 trabalhos de conclusão que abordaram questões relacionadas ao cotidiano da gestão e administração da universidade e realizaram propostas de solução de problemas em diversos campos.

Em trabalho sobre a otimização dos processos de licitação da Universidade, Fábio dos Santos procurou juntamente com seu grupo diagnosticar problemas de retrabalho no desenvolvimento dos processos e propor sistemática de atendimento às unidades de forma uniformizada, além de sugerir treinamento para os envolvidos. “Certamente, isso ganharia uma celeridade no processo de compra e, ainda, uniformidade dos bens para todas as unidades”, acredita.

Para Plonski, os trabalhos possuem importante valia para equacionar os problemas existentes na Universidade, além de alto potencial de serem implantados e úteis. “Houve um conjunto de extremo valor de propostas amadurecidas, pensadas, feitas por pessoas que estão com a mão na massa, próximas ao assunto, mas também que receberam um conjunto de conceitos, visões, ferramentas da fronteira da administração pública.”

ReproduçãoDa mesma forma, a coordenadora do curso vê utilidade dos trabalhos realizados para o aprimoramento da Universidade. “Esses trabalhos servem de referência para as áreas específicas”, completa.

A natureza da educação corporativa da Escola Técnica e de Gestão da USP está aliada às prioridades de gestão da Universidade, bem como seus objetivos e metas. Coordenador da Escola, Plonski espera repetir o curso de formação MBA: “Tenho uma forte expectativa de que o curso vai ser um elemento importante de transformação permanente da dinâmica universitária (…). As pessoas têm que saborear o gosto do desenvolvimento”, encerra.

 

 

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