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A Osusp sob nova batuta

Perfil – Expectativas

Com a nomeação de Lígia Amadio, intensifica-se o desejo de aproximar os diferentes setores musicais e acadêmicos

Por Márcia Scapaticio

Nascida na capital paulista, Lígia Amadio, nomeada regente da Orquestra Sinfônica da USP na primeira quinzena de julho, não esconde a satisfação da recém nomeação, ainda mais quando esta se deu por desejo dos próprios músicos: “Eles indicaram meu nome para a Pró-Reitoria de Cultura e Extensão. Recebi uma ligação informando sobre a escolha e me senti lisonjeada, aceitando prontamente o convite.”

A maestrina já possuía uma história com a Universidade. Formou-se em Engenharia de Produção na Escola Politécnica, contudo, a música que fez parte de sua vida, desde a infância, foi privilegiada e se tornou muito mais que um prazer, mas sua profissão. A vivência acadêmica acabou por aproximar Lígia da música, tanto que, quando acompanhou uma amiga para um teste do coral da Poli, também participou e, claro, foi aprovada. Durante esse período, concluiu o curso de engenharia, contudo a aridez da profissão a incomodava um pouco: “ A música também tem seu lado exato e me satisfazia plenamente, então prestei vestibular novamente e escolhi a Regência.”

Prêmio Tokio Internacional Music

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Além do aspecto estrutural, Lígia, em contato com a pró-reitoria, ressalva a necessidade de aproximar a Osusp, a Orquestra Juvenil da Escola de Comunicações e Artes e o coral. “Nosso objetivo é unir os departamentos, mantendo a identidade de cada um, assim é possível aumentar a troca de conhecimento e o aprendizado dos músicos e dos alunos.”

Outro projeto mostra-se uma necessidade contemporânea, que é a digitalização do acervo musical da Osusp e posterior disponibilização na internet. Lígia afirma que a execução da ideia ainda está em discussão com os departamentos responsáveis, mas que “o primeiro passo é em direção à preservação do acervo, visto que, a partir da transcrição dos arquivos para o digital os músicos poderão fazer novos arranjos nas canções já existentes.”

Levar ao entendimento do público que a Orquestra também é parte integrante da academia é um dos enfoques deste período de renovação, pois o trabalho será realizado pelos pesquisadores e estudantes, confirmando um dos papeis da extensão universitária, que é a realização da pesquisa e a abertura de oportunidades para músicos e pós- graduandos.
Lígia se mostra disposta a abraçar o novo desafio de dirigir a Osusp e aplicar a sua diversificada trajetória para, através dos concertos, mostrar o potencial humano da USP, promovendo a integração com os campi do interior, além de mencionar a importância de agregar os valores da educação à sociedade brasileira: “Além de reger músicos de outros países,trabalhei por dez anos com crianças carentes no Conservatório Villa-Lobos, em Osasco e aprendi como a música é capaz de mudar a vida dos jovens, inserindo um modelo educacional. Vejo a Orquestra como um cartão de visita da Universidade e, a cada concerto exibiremos o resultado do nosso trabalho.”

Através de seus novos projetos, reafirmando a associação entre educação e cultura, a Osusp caminha em direção à renovação, tendo na figura da nova regente um estímulo para promover a integração universitária por meio da música.

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