Século 20
O mapa social do Brasil no século 20


Entre 1901 e 2000, a população brasileira passou de 17 milhões para 169 milhões, o PIB se multiplicou por cem e a expectativa de vida saltou de 33,4 anos para 64,8 anos. Os dados são do IBGE, que na semana passada divulgou pesquisa sobre o Brasil no século 20. Nesse período, a má distribuição de renda se acentuou, gerando pobreza e exclusão social. O professor Simão Davi Silber, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP, destaca que a inflação foi o maior flagelo do século, especialmente depois dos anos 80. Por causa dela, o País viu minguar sua economia e perdeu credibilidade no mercado internacional. Na área da educação, os dados mostram que, entre 1933 e 2000, o número de alunos no ensino fundamental passou de 2,1 milhões para 35,8 milhões. No ensino médio, o salto foi de 108 mil para 6,7 milhões. No entanto, o professor Vitor Henrique Paro, da Faculdade de Educação da USP, considera um equívoco dizer que houve progresso na educação brasileira. Para ele, a interpretação das estatísticas, como aparece na imprensa, é simplista e esconde a realidade de um ensino profundamente falho.
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AMBIENTE

No Cebimar, seres do mar estão ao alcance da mão
Paguro, pepino-do-mar, siri, ouriço-do-mar, anêmona e ascídia. Esses são alguns dos pequenos seres que o Centro de Biologia Marinha (Cebimar) da USP, em São Sebastião, apresenta aos seus visitantes – vindos de todo o Estado –, num projeto de extensão que visa a ensinar a natureza do mar e a necessidade de preservar sua fauna e flora. Acompanhado de monitores, o público pode tocar nos animais, que ficam em tanques abertos no laboratório do centro. “É engraçado ver os espinhos do ouriço-do-mar”, diz Henrique, de 3 anos, que saiu de São Paulo com os pais para visitar o Cebimar. “Parece que vão espetar, mas se mexem e não espetam.”especial>>


AMBIENTE

Novas leis garantem pesquisa da biodiversidade
Depois da reação da comunidade científica contra a atual legislação sobre o acesso à biodiversidade brasileira – que cria obstáculos até para o trabalho dos pesquisadores –, o Conselho de Gestão do Patrimônio Genético (Cgen) do Ministério do Meio Ambiente deverá entregar à ministra Marina Silva, ainda neste mês, uma proposta de legislação para o setor, a ser encaminhada ao Congresso Nacional. Ainda em fase de elaboração, a proposta prevê tratamento diferenciado para a pesquisa científica, institui mecanismos para repartição de eventuais benefícios obtidos com a invenção de produtos originários da natureza e pune com cadeia o contrabando de material do patrimônio biológico. Também neste mês, o Ministério deverá publicar resoluções que permitem a continuidade das pesquisas interrompidas por causa da legislação em vigor. “Estamos muito sensibilizados com os problemas enfrentados atualmente pela ciência brasileira e procuramos desenvolver mecanismos para resolver isso”, disse ao Jornal da USP o secretário-executivo do Cgen, Eduardo Vellez. A nova lei poderá evitar abusos como a venda de amostras de sangue de índios ianomâmis via Internet. Na USP, pesquisadores descobriram que um composto de ervas medicinais, o Catuama, é capaz de reverter a arritmia cardíaca em pacientes enfartados. nacional>>


ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS

Alfredo Bossi é imortal

No dia 30 de setembro, a Academia Brasileira de Letras (ABL) eternizou mais um brasileiro, o escritor, crítico literário e professor da USP há mais de 40 anos Alfredo Bosi. Eleito para a cadeira número 12, antes ocupada por D. Lucas Moreira Neves, Bosi recebeu o colar de acadêmico das mãos da escritora Nélida Piñon. A espada lhe foi entregue por Sérgio Corrêa da Costa. Coube a Celso Furtado passar-lhe o diploma. Em discurso de saudação, o educador Eduardo Portella destacou o lado humanista e a vocação à resistência do mais novo membro da Casa de Machado de Assis. “Alfredo Bosi tem uma história de resistência com compreensão. Bosi coloca a História com a cabeça no mundo e os pés no chão”, disse Portella. universidade>>

 
 
 


VAMOS
em DESTAQUE
Roteiro infantil
São eventos especiais voltados às crianças, como Este Mundo é Meu, do Centro Cultural São Paulo, ou o Festival Kids & Teens. Há também livros, entre eles Meu 1o Larousse do Mundo, um atlas divertido que ajuda na pesquisa escolar.
   
Agenda cultural
O destaque é a programação musical intitulada Encontro Brasil-Cuba século XXI, que reúne artistas brasileiros e cubanos em três shows, abrindo nesta semana com nomes de repercussão internacional como o pianista cubano Ernán López-Nussa (foto).
   
Ciclo de conferências
Entre as várias opções de cursos, estão os ciclos Poetas que Pensaram o Mundo, com conceituados intelectuais brasileiros e estran-geiros, e Conversas Literárias, que comemora os 30 anos do ensaio As Idéias Fora do Lugar, de Roberto Schwarz.
   
 
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