Prazer de ler começa cedo


Quanto antes for plantado o gosto pelos livros, associado a momentos de prazer e a atividades lúdicas, maior será a chance de a criança se transformar num adulto que terá a leitura como companhia freqüente. Essa é a opinião de duas pedagogas que recentemente apresentaram dissertações de mestrado no Instituto de Psicologia da USP. “As atividades de leitura na escola têm que ser programadas e sistematizadas. Crianças de 1a a 4a série devem fazer visitas semanais à biblioteca escolar. É preciso levá-las para espaços onde estão os livros e promover rodas de leitura, por exemplo”, sugere a pedagoga Patrícia da Silva Sampaio, autora da dissertação “O papel do outro social na formação da criança leitora”. Já Ana Flavia Alonço Castanho, que entrevistou 48 alunos do ensino fundamental para elaborar a dissertação “A formação do leitor: aspectos afetivos e cognitivos”, chegou a conclusões semelhantes. Segundo ela, as crianças que se diferenciaram das demais pela leitura fluente e pela recontagem interpretativa eram, quase sempre, as que se descreviam como leitoras ou que citavam a leitura entre as coisas de que mais gostavam de fazer. “A presença da leitura na hierarquia de valores pessoais atua como mobilizador do desenvolvimento de habilidades cognitivas”, diz Ana Flavia. E por falar no prazer de ler, confira nesta edição a programação e os principais lançamentos da 19a Bienal Internacional do Livro de São Paulo, que começará nesta quinta-feira, dia 9, e se estenderá até 19 de março, no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo.
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O direito à educação com liberdade


O Estado tem a obrigação legal de dar condições para que o adolescente privado de liberdade receba educação escolar formal. De acordo com a Constituição e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), o adolescente em regime fechado é sujeito de direitos, pessoa em condição peculiar de desenvolvimento e prioridade absoluta do Estado. Portanto, se ele está sob custódia do Estado, deve gozar de um direito fundamental, a educação. É o que afirma a professora Irandi Pereira em tese que acaba de defender na Faculdade de Educação da USP, intitulada “O adolescente em conflito com a lei e o direito à educação”. Para ela, medidas educativas não devem se dar em regime fechado, porque “educação não rima com coerção, mas com liberdade”. “Queremos que o adolescente venha para uma medida em meio aberto, mas próximo da família e da comunidade”, diz Irandi, que já trabalhou como professora primária na Febem paulista.
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Orçamento mantém 9,57% para universidades


Assembléia Legislativa do Estado aprovou no dia 22 passado o Projeto de Lei 700/2005, que estabelece o orçamento do Estado para 2006. O texto prevê a destinação de 9,57% da arrecadação da cota-parte do ICMS para as três universidades públicas paulistas (USP, Unesp e Unicamp). O texto diz ainda que o governo do Estado dará continuidade ao programa de expansão do ensino superior público, e que o acréscimo de gastos para o aumento de vagas “poderá ser custeado pela destinação de recursos suplementares”.
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Parabéns, mulheres

Ser a primeira reitora da Universidade de São Paulo é uma honra e o coroamento de minha trajetória profissional e acadêmica. Mas não gostaria de fazer disso uma bandeira, tampouco uma marca única de minha gestão, já que não sou a primeira mulher e, certamente, não serei a última a fazer história dentro da Universidade.

Os exemplos são muitos, pois várias são as unidades de ensino e pesquisa que foram e são dirigidas por mulheres, muitas delas também pioneiras em sua área de atuação. Além disso, os dados mostram que, atualmente, há equilíbrio no que se refere às estatísticas quanto ao número de homens e mulheres que integram nossa comunidade acadêmica.

Hoje estou à frente de uma das mais importantes universidades do País, mas gostaria de pedir licença por um momento para sentar-me à platéia e poder aplaudir todas as funcionárias, professoras e alunas que fazem da USP o palco para suas conquistas pessoais e profissionais.

A todas essas mulheres, que são mães, filhas, esposas, amigas, profissionais, companheiras e batalhadoras, gostaria de exprimir a minha admiração e festejar com elas todas as vitórias alcançadas nesses 72 anos de existência de nossa universidade.

Suely Vilela, reitora da USP








VAMOS
em DESTAQUE

Vários lançamentos

Se já são muitas as editoras – 320 –, que participam da 19a Bienal Internacional do Livro, o número de lançamentos também é bem grande. Selecionamos alguns destaques das principais editoras, entre elas a Edusp, que traz o livro de fotos de Atílio Avancini e os Destaques da Biblioteca InDisciplinada de Guita e José Mindlin; a Ateliê Editorial com o inacabado Cera das Almas, de Pedro Nava, em edição fac-similar; e a Imprensa Oficial, com novos títulos da Coleção Aplauso, além do segundo volume de Imprensa Brasileira - Personagens que Fizeram História.

 
Obra registrada

O trabalho do compositor e professor da USP Willy Correa de Oliveira foi gravado em CD duplo, acompanhado por um livro-encarte, além da publicação bilíngüe de dois cadernos de partituras.

 

O olhar Modernista de JK

É a remontagem da histórica exposição “Arte Moderna”, realizada por Juscelino Kubitschek na prefeitura de Belo Horizonte, em 1944. A mostra marcou a história das artes brasileiras.

 
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