A
Melhor Fatia...
...
Ou o Que Dorothy Quer? é uma tragicomédia que pretende
desmascarar a reputação incorruptível da personagem
de um grande clássico da literatura e do cinema norte-americano,
Dorothy, de O Mágico de Oz, criada por L. Frank Baum. Pegando
carona em um tornado para fugir da dura realidade no Kansas, Dorothy
acaba se encontrando com outras duas versões dela mesma em
uma sala fechada, sem portas ou janelas. Em cena, as três
começam a competir pela sua autenticidade e passam a usar
todas as suas máscaras para vencer essa guerra, revelando
o egoísmo natural de seus temperamentos e tornando o jogo
cruel e divertido. Com o Clube da Sabotagem, direção
de Pedro Garrafa. A partir desta quarta até 20 de abril,
quartas e quintas, às 21h, no Teatro Fábrica São
Paulo (r. da Consolação, 1.623, tel. 3255-5922). Ingressos:
R$ 20,00, com meia-entrada.
Pedro,
o Cru, história real de um rei obcecado por sua amada
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Cia.
São Jorge de Variedades
Completando
oito anos de existência, a Cia. São Jorge de
Variedades apresenta uma mostra especial no Porão do
Centro Cultural São Paulo, com os quatro espetáculos
de seu repertório cada um deles
|
ficará
em cartaz durante três semanas, sempre de quinta a sábado,
às 21h, e domingo, às 20h. O primeiro, Pedro,
o Cru, estréia nesta sexta; com texto de António
Patrício e direção de Georgette Fadel,
é uma reflexão sobre a herança de romantismo
lusitanos através de uma história real do século
14: Pedro, rei de Portugal, trai os juramentos feitos a seu
pai e vinga-se dos matadores de sua amada Inês de Castro,
exumando seu cadáver e, para o espanto de todos, coroando-a
rainha de Portugal. Paralelamente, às terças e
quartas, às 21h, é apresentado o projeto Na Sola
da São Jorge, com trabalhos desenvolvidos por integrantes
do grupo em pequenos solos ou parcerias com outros artistas:
abre com Rosa de Samba, inspirado na biografia de Noel Rosa,
com direção de Luís Mármora (de
14 a 29 de março). O CCSP fica na r. Vergueiro, 1.000,
Paraíso, tel. 3277-3611. Ingressos: R$ 12,00. |
Aviso
Sidério
A trilogia
Aviso Sidério, com direção de Marcelo Romagnoli,
é inspirada na obra de René Descartes e será
apresentada neste mês no Sesc Pompéia. Em Paixões
da Alma, Cláudia Missura interpreta uma mulher que prepara
um ensopado enquanto dá a receita de como se proteger das
paixões (sextas, às 22h); Sistema do Mundo, com Marat
Descartes, se passa numa oficina de costura, onde um alfaiate trabalha
para mostrar a ligação entre a vida cotidiana e a
astrofísica de Isaac Newton (sábados, às 22h);
e Tratado do Nada é baseado nos pensamentos do filósofo
Blaise Pascal, com Luciano Bortoluzzi interpretando um barbeiro
que conversa com seus clientes sobre a alegria patética da
nossa época, marcada pela guerra e pelo abandono religioso
(domingos, às 19h). O Sesc Pompéia fica na r. Clélia,
93, tel. 3871-7700. Ingressos: R$ 10,00 para cada peça.
Uma
simples conversa se transforma em acerto de contas
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A
Entrevista
Com
autoria de Samir Yasbek, A Entrevista recebeu indicação
ao Prêmio Shell de melhor atriz (Lígia Cortez)
e seu texto será publicado pela Coleção
Aplauso da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo.
Em um estúdio de televisão, momentos antes do
início da gravação da entrevista entre
uma jovem e bem sucedida escritora (elogiada atuação
de Lígia) e o jornalista (Marcelo Lazzaratto, que também
assina a direção), o que seria uma conversa
sobre literatura se transforma em um acerto de contas pessoal,
já que ambos foram casados. E mais do que isso, uma
reflexão sobre a condição humana. A temporada
vai até 26 de março, sábados, às
21h,
|
e
domingos, às 19h, no Tuca (r. Monte Alegre, 1.024, Perdizes,
tel. 3188-4156). Ingressos: R$ 30,00, com meia-entrada; para
estudantes, professores e funcionários da PUC e também
da USP o valor é de R$ 10,00. |
A
peça reúne histórias em uma antiga fábrica
de chapéus |
Nova
montagem do Lume
O
espetáculo O Que Seria de Nós Sem as Coisas
Que Não Existem, dirigido pelo argentino radicado na
Itália Norberto Presta, conta histórias de três
personagens inspirados em pessoas reais (aposentados de uma
fábrica de chapéus) e um
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quarto
fictício (com características de outros reais),
que se reúnem em uma fábrica imaginária
para a confecção de um chapéu perfeito.
O Grupo Lume garimpou todas essas histórias em uma antiga
fábrica de chapéus de Campinas, contando com apoio
da Fapesp para essa pesquisa. A trilha sonora foi originalmente
composta por Ivan Vilela (professor da USP), que acompanhou
todo o processo de criação; figurinos de Sandra
Pestana e cenários de Abel Saavedra. Até 26 de
março, sextas, às 21h30, e sábados e domingos,
às 18h, no Sesc Belenzinho (av. Álvaro Ramos,
915, tel. 6602-3700). Ingressos: R$ 15,00. |
A
Escolha do Jogador
A peça
A Escolha do Jogador ganhou o prêmio de melhor cenografia
da APCA e recebeu duas indicações do Prêmio
Shell deste ano para melhor direção (Hélio
Cícero) e na categoria especial pela tradução
(Fernando Oliveira). Escrita em 1995 por Patrick Marber, a peça
é a primeira da trilogia do autor sobre a Londres contemporânea,
e narra os conflitos entre seis homens durante um jogo de pôquer.
Adaptada para a cidade de São Paulo, a história se
passa entre a cozinha, salão e porão de um restaurante.
Com a Cia. de Teatro Os Primos. Em cartaz até 19 de março,
sextas, às 21h30, sábados, às 21h, e domingos,
às 19h. Na Sala Experimental do Teatro Augusta (r. Augusta,
943, Cerqueira César, tel. 3151-2464). Os ingressos são
gratuitos, distribuídos uma hora antes.
Modernidades
traz àtona um debate sobre tecnologia |
Repertórios
Contemporâneos
O
Centro Cultural São Paulo também está
apresentando As últimas duas são estréias:
Modernidades é sobre um casal de classe média
alta, workaholics, com um filho adolescente, todos viciados
em tecnologia, que recebem a
|
visita
de um primo fazendeiro, completamente fora dessa realidade virtual
(nesta semana, de terça a sábado, às 21h,
e domingo, às 20h); e Shakespeare e os Versos Ilegais,
com textos poéticos extraídos das peças
do dramaturgo inglês, além de poesias do livro
Versos Ilegais, de Ricardo Albuquerque (estréia na próxima
terça, dia 14, e vai até dia 19, nos mesmos horários).
Direção de Edna Ligieri. Na Sala Paulo Emílio
Salles Gomes do CCSP (r. Vergueiro, 1.000, Paraíso, tel.
3277-3611). Ingressos: R$ 12,00 (preço popular de R$
1,50 nesta terça para Modernidades). |
Gota
DÁgua Breviário
A peça
Gota DÁgua escrita em 1975 por Chico Buarque e Paulo
Pontes ganha nova montagem com direção de Heron Coelho.
Mais enxuta tem o título de Gota DÁgua
Breviário, além de tom mais naturalista, centrada
na força do discurso das personagens. Ao contrário
das anteriores que eram em palco italiano, Breviário será
em palco em formato de arena, permitindo uma interação
entre o elenco e o público, e as composições
de Chico Buarque são executadas ao vivo, com arranjos de
sopro e cordas confluindo com experimentos de percussão.
A peça, que transpõe a tragédia grega de Medéia
para a miséria urbana carioca, em forma de poema com mais
de 4 mil versos, tem como pano de fundo as agruras sofridas pelos
moradores de um conjunto habitacional, a Vila do Meio-Dia e, no
centro, a relação entre Joana (Georgette Fadel) e
Jasão (Cristiano Tomiossi), um compositor popular assediado
pelo poderoso empresário Creonte. O músico termina
por largar Joana e os dois filhos para casar-se com Alma, a filha
do empresário, o que leva Joana ao suicídio, antes,
porém, ela mata os próprios filhos como vingança
à ingratidão de Jasão. Até 29 de março,
às quartas, às 21h (não haverá apresentação
no dia 15 de março). No Teatro do Sesc Ipiranga (r. Bom Pastor,
822, tel. 3340-2000). Os ingressos custam R$ 10,00, com meia-entrada.
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