Idéias eficazes contra a pobreza

Os candidatos à Presidência do Brasil encontram uma boa proposta de política pública nas idéias do economista Mohammad Yunus (foto ao lado), anunciado no dia 13 como o Prêmio Nobel da Paz de 2006. Conhecido como o “banqueiro dos pobres”, Yunus criou o microcrédito, que concede empréstimos de baixo valor e com pouca burocracia a pequenos empreendedores informais, que não têm como oferecer garantias reais. Com essa iniciativa, realizada desde 1976, Yunus fez com que milhares de pessoas saíssem da pobreza e se mantivessem com seu próprio trabalho. “A pobreza no mundo é uma criação artificial. Ela não pertence à civilização humana, e nós podemos mudar isso”, disse Yunus, logo após saber da conquista do prêmio. “A paz duradoura não pode ser alcançada a menos que grandes grupos da população encontrem meios de sair da pobreza. O microcrédito é um desses meios”, afirma o comunicado do comitê do Nobel. Para o professor Ricardo Abramovay, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP, a falta de acesso a serviços financeiros é um grande obstáculo a superar. “É equivocada a idéia de que primeiro os pobres devem ampliar sua geração de renda para, só então, demandar serviços financeiros formais”, diz Abramovay.
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Santos Dumont na Cidade Universitária

Um sósia do inventor Santos Dumont e uma réplica do 14-Bis – o primeiro aparelho mais pesado que o ar a levantar vôo – (foto acima) mudaram a paisagem da Cidade Universitária na semana passada. Eles estiveram na USP para participar da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, que ocorreu de 16 a 23 de outubro. Construída por alunos de um colégio de São Paulo, a réplica foi uma homenagem aos cem anos do primeiro vôo de Santos Dumont, comemorados nesta segunda-feira, dia 23. Durante a semana, a Universidade apresentou mais de 200 eventos científicos e culturais.
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Cachaça e cerveja como objeto de pesquisa

Pesquisas na USP vêm dando importante contribuição para o aumento da produção de bebidas no Brasil, com reflexos na economia. Há 12 anos, o Laboratório para o Desenvolvimento da Química da Aguardente do Instituto de Química de São Carlos da USP faz análises que levam à melhoria da qualidade da cachaça brasileira, hoje um produto de exportação, com tendência a crescer no mercado mundial. Já na Escola de Engenharia de Lorena (EEL) da USP, pesquisadores conseguiram acelerar o processo de produção da cerveja, preservando a qualidade e o sabor da “paixão nacional” sem alterar sua matéria-prima.
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Para lembrar o 1956 na Hungria

No dia 23 de outubro de 1956, milhares de cidadãos nas principais cidades da Hungria começaram a protestar contra a influência do império soviético. Reprimidas violentamente pela polícia política, as manifestações se alastraram pelo país, dando início ao que ficou conhecido como a Revolução Húngara de 1956. “A reação do regime às demonstrações do povo provocou um daqueles raros eventos verdadeiramente épicos, cuja importância não desvanece com o tempo”, afirma o professor Tibor Rabóczkay, do Instituto de Química da USP, que nasceu na Hungria, em território hoje ocupado pela Sérvia. Em artigo nesta edição, ele lembra o 1956 húngaro. “Em primeiro lugar, a Revolução Húngara dá uma forte sacudida no até então aparentemente inabalável império soviético. Segundo, a ação dos operários, estudantes e escritores arrasa a ficção filosófico-política do socialismo proletário e outros dogmas da esquerda européia. Terceiro, constitui um exemplo de movimento revolucionário de massas”, escreve Rabóczkay.
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