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Histórias para serem lidas em Voz Alta

Histórias para serem lidas em Voz Alta - TUSP

O TUSP apresenta nos sábados, 13 e 20 de junho, às 16h, a leitura dramatizada Histórias para serem lidas em Voz Alta. O evento baseado no livro homônimo dos dramaturgos Gustavo Colombini e João Turchi, egressos da ECA-USP, versa sobre o lugar intermediário entre a literatura e a dramaturgia, entre o que se escreve e o que só existe enquanto experiência em voz alta. Entrada gratuita.

Histórias para serem lidas em Voz Alta investiga a emissão da escrita e a escrita da emissão: o que diferencia a dramaturgia de um texto literário? No livro, voz e palavra, em atrito constante, constituem uma nova possibilidade narrativa onde a cena e a linguagem se confundem e extrapolam os campos fechados tanto do texto teatral (ao poder ser encenado) quanto do texto literário (ao ser construído como uma narrativa em prosa).

O romance é construído a quatro mãos a partir de narrativas que não se consolidam nem como dramaturgia, nem como literatura. Trata-se da investigação de textos que necessitam de uma oralização para se completarem, já que a voz e a noção de emissão é o nó entre esses campos. Ao trazer a voz e a oralidade para dentro da escrita, as três camadas do livro (o que eu disse, o que você entendeu e o que nós não entendemos) pretendem, a partir de suas particularidades, oferecer novas perspectivas de leitura e recepção do texto.

A voz, conceito intrínseco aos textos dramatúrgicos, surge como provocadora principal da literatura, responsável por suprir lacunas que a leitura não preenche e por lhe trazer uma relação dinâmica com o receptor, ao impedir que as palavras colocadas no papel fiquem engessadas na intenção de quem as escreveu ou que se satisfaçam com apenas uma única significação.

Conta-se, para isso, com o diferencial da autonomia não-linear de leitura, ao propor complicadores à relação entre o literário e o dramático e à vocação dos gêneros de se hibridizarem.

Sinopse

Histórias para serem lidas em Voz Alta é um romance que se desdobra em várias histórias escritas por um biógrafo, capaz de mapear a vida de qualquer um. A vida, a partir desse mapeamento, torna-se a mesma história explodida em cenas de livre manipulação do autor, do leitor e dos próprios biografados.
De tanto escrever sobre a vida dos outros, ele acaba criando uma teoria das biografias, uma equação a partir da qual é possível construir a história de qualquer um. Com o tempo ele percebe que as histórias são muito parecidas e conclui que, na verdade, o que diferencia a vida das pessoas são aqueles momen-tos impossíveis de serem escritos, já que só funcionam como experiência. Ele passa, então, a tentar registrar apenas esses momentos, a partir de pequenas narrativas que se contextualizam apenas em conjunto.
Para isso, o livro conta com três camadas distintas, aplicadas como capítulos em separações não-convencionais: “o que eu disse”, “o que você escutou” e “o que nós não entendemos”. Na primeira, a voz do biógrafo é registrada perante seus escritos, transformando-o em personagem de suas próprias biografias anônimas. Na segunda, as narrativas anônimas são apresentadas, dando vazão à pesquisa do personagem. Na terceira, são registrados seus escritos teóricos e poéticos sobre suas descobertas acer-ca da teoria das biografias criada por ele.

Ficha Técnica

Dramaturgia | João Dias Turchi e Gustavo Colombini Atores| Rodrigo Bolzan e Fabricio Licursi

Gustavo Colombini, é dramaturgo e diretor teatral formado pela Universidade de São Paulo (ECA-USP) e fez parte da terceira turma do Núcleo de Dramaturgia SESI – British Council. Foi indicado ao Prêmio Shell de Teatro de São Paulo 2012, na categoria de Melhor Autor, pela peça O silêncio depois da chuva (2011). Integrante e cofundador do grupo artístico Cinza. Concebeu, escreveu e dirigiu as ações Ponto de Fuga (2014), na Casa do Povo e Planta (2013), realizado dentro da X Bienal de Arquitetura de São Paulo, ambas em parceria com o escritor João Dias Turchi. Foi dramaturgista do espetáculo infantil Para Meninos e Gaivotas (2013), selecionado para estrear no FIT – Festival Internacional de Teatro, de São José do Rio Preto.

João Dias Turchi é dramaturgo e mestrando pela Universidade de São Paulo (ECA-USP) e fez parte da quarta turma do Núcleo de Dramaturgia SESI – British Council. É autor da peça Máquina de escrever reticências (2012), dirigida por Beth Lopes, no Mezanino do SESI Paulista. Concebeu, dirigiu e escreveu as ações Ponto de Fuga (2014), na Casa do Povo e Planta (2013), realizado dentro da X Bienal de Arqui-tetura de São Paulo, ambas em parceria com Gustavo Colombini. Também é autor da peça Catálise, com temporada na FUNARTE e direção de Murillo Basso. Escreveu também o livro Histórias para serem lidas em voz alta, junto com Gustavo Colombini, vencedores do prêmio ProAC de Criação Literária: Prosa, em 2014. Trabalha atualmente com direito do entretenimento e produção cultural, como coordenador de projetos do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP).

Serviço

Histórias para serem lidas em Voz Alta
13 e 20 de junho
Sábados, 16h.
Onde | Teatro da USP | Rua Maria Antônia, 294 – Consolação.
Capacidade | 30 lugares.
A distribuição de ingressos será realizada com 1h de antecedência.

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