contato

agenda

icons
evento

XIV Ciclo de Leituras Públicas do TUSP traz peças de Harold Pinter

O Programa de Leituras Públicas faz parte dos Núcleos de Experiência e Apreciação Teatral do TUSP e propõe, a cada ciclo, a leitura de peças de diferentes autores pelos presentes em encontros abertos com a mediação da equipe artística do TUSP.

O XIV Ciclo de Leituras Públicas terá como tema a obra de Harold Pinter, um dos mais importantes autores do século XX, vencedor do Prêmio Nobel de Literatura em 2005. Pinter é um dos maiores representantes do chamado “Teatro do Absurdo”, juntamente à Beckett e Ionesco. Em sua obra a solidão e a angústia existencial são temas recorrentes, explodindo a referência realista na construção de uma estética própria.

Em São Paulo, o professor e pesquisador Luiz Fernando Ramos fará a abertura especial do ciclo com uma apresentação sobre a obra de Harold Pinter.

Oito textos foram selecionados para este ciclo, que ocorre entre agosto e novembro nas cidades de São Carlos e São Paulo.

Segue abaixo a lista dos textos:

O Quarto

O Quarto é a primeira peça de Pinter, escrita e produzida pela primeira vez em 1957. Considerada pelos críticos o exemplo mais antigo “comédia de ameaça” com diálogos que são comicamente familiares e perturbadoramente desconhecidos. A tensão é intensificada pela justaposição de segurança versus insegurança. O quarto em si é seguro internamente, mas fora, além de suas paredes aparentemente sólidas, os espreita desconhecidos, um vazio a ser temido.

Feliz Aniversário

Harold Pinter, em sua segunda peça, foca a ação em torno de um músico aposentado que vive em uma pensão litorânea. Aparentemente, este esconde algum evento não especificado de seu passado que o forçou ao exílio.  Como medida de segurança, ele mantém uma metódica ordem em sua rotina como medida de segurança para manter seu isolamento.

O Amante

Na peça, Sarah e Richard são casados há 10 anos, porém, ainda preferem manter uma imagem irreal e um clima de disputa de um para com o outro. Eles acreditam que estão mantendo a vitalidade da relação e a renovação do prazer e afastam a rotina e o tédio do dia a dia.

O Regresso à Casa

Escrita em 1965 e considerada obra-prima do dramaturgo, a peça ainda provoca certo desconforto, muito em função da atitude amoral dos personagens. Numa família de operários ingleses – constituída somente por homens: o patriarca Max, seus dois filhos, Lenny e Joey, além de Sam, irmão de Max – todos convivem numa relação nada amigável, até que tudo se transforma com a chegada de Teddy, o primogênito com sua esposa Ruth.

Terra de Ninguém

O texto “Terra de Ninguém” condensa as características revolucionárias do teatro de Pinter criando sentidos, personagens e narrativas – apenas para destruí-las e reinventá-las. Os personagens perdem sua identidade e as reinventam obsessivamente configurando o palco como uma zona de instabilidade e tortura mutua em jogos de poder degradantes.

Um para o caminho

A peça relaciona, em quatro cenas curtas, Nicolas, um alto governante de um estado não mencionado, com três membros de uma família que estão presos.  Nicolas personifica o poder do estado e interroga Victor, a sua mulher Gila e o filho deles, Nicky. Efetivamente o governante parece menos seguro que as interrogados e anseia por uma validação para as suas ações.

Noite

Nesta peça curta um casal de meia idade lembra quando se conheceram e se apaixonaram durante a juventude. Com tom suavemente cômico e melancólico, Pinter expõe alguns descompassos emocionais entre os personagens através de um diálogo sobre o passado, em que ambos se recordam de forma diferente.

A Língua da Montanha

Com estreia Londrina em 1988, A Língua da Montanha se passa numa penitenciária onde as estruturas de procedimentos militares são firmemente estabelecidas. A linguagem como um meio de auto-expressão identitária é, portanto, oprimida. Em algumas situações de constrangimento e abuso de poder um oficial proíbe a fala das mulheres pela singularidade de sua língua, ou seja, a dos povos da montanha, além de definir seus maridos como inimigos do Estado.

Confira a programação das cidades

São Paulo

São Carlos