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Em agosto de 2016, a sede do TUSP na capital recebeu a Mostra CAC Tennessee Williams, que reuniu montagens de peças curtas do dramaturgo estadunidense feitas por alunos do curso de artes cênicas da USP (CAC-ECA-USP), investigando a atualidade do universo de Tennessee Williams a partir da visão de cinco grupos.

Em 2017, como parte da semana de recepção aos calouros, a Mostra faz uma passagem pelos campi da USP no interior onde o TUSP marca presença, passando por São Carlos, Bauru, Piracicaba e, por fim, Ribeirão Preto.

A atividade se insere em um período de estudo em torno da obra de Tennessee Williams, que em 2016 foi tema do Programa TUSP de Leituras Públicas (Ciclo XIII: Tennessee Williams em um Ato), em que o TUSP traçou um panorama das peças curtas do dramaturgo. O tema da opressão – seja ela sexual, racial ou social –, marcada por forte teor autobiográfico e grande sensibilidade na construção de suas personagens, é uma constante em toda a sua obra.

Ao mesmo tempo, ao se inserir neste momento de recepção dos novos estudantes, o Teatro da USP uma vez mais reafirma sua missão de compartilhar com a comunidade universitária e externa a pesquisa em teatro desenvolvida por estudantes e professores em âmbito universitário.

Quando deixamos os móveis empoeirados (40 min.)
1935. 2016. 12 de maio. As ruas foram tomadas, por todos os lados. De fora ressoa uma voz de um não se sabe o quê. Os gritos se misturam ao som da bateria. Um manifesto-festa parece invadir as casas pelas janelas. Joe, um escritor, permanece dentro de casa, mórbido, estático, imóvel, sozinho. Suas coisas e suas memórias estão indo embora uma a uma, todas encaixotadas. Nada parece atingi-lo, além de um certo medo que o paralisa. Um medo daquilo que não se sabe. Os móveis serão tirados daqui antes que se possa fazer alguma coisa.
Direção Douglas Vendramini Iluminação Nara Zocher Cenografia Guilherme Rodrigues Elenco Felipe Carvalho, Guilherme Rodrigues, Marina Meyer, Matheus Miniguini, Mônica Santos, Paulo Vicente Hipólito, Pedro Carvalho

Esta propriedade está condenada (20 min.)
Aclive por onde passa a ferrovia nos arredores de uma cidadezinha no Mississipi. Duas crianças e uma propriedade condenada. Willie e Tom transitam pelos trilhos de um trem da morte. Condenamo-nos, condena-se, por detrás de um moralismo que julga nos deparamos com uma violência exacerbada e destrutiva. Escolhemos falar de uma pequena cidade, de outro tempo, em outro lugar, distante. Ou não. “Eu preciso lavar o cabelo da minha Boneca Maluca. Ela começou a bancar a tonta dizendo e fazendo as coisas mais chocantes”.
Direção Otto Blodorn Cenografia e Figurino Gustavo Ferreira Elenco Ellen Regina e Santhiago Nery

“Por que você fuma tanto, Lily?” (20 min.)
Num apartamento moderno em St. Louis, uma rica família se vê entre o conservadorismo e sua ruptura. Nossas Lilys terão de resistir à onda retrógrada antes que a voz opressora que paira sobre a sociedade se interiorize.
Direção Eduardo Gutierrez Assistência de Direção Danilo Arrabal Cenografia Danilo Arrabal e Eduardo Gutierrez Figurino Marina de Abreu e Valmir PS Iluminação Danilo Arrabal e Valmir PS Sonoplastia Eduardo Gutierrez e Juliana Piesco Elenco Juliana Piesco, Luiza Elias, Marina de Abreu, Paula Halker, Rafael de Souza e Valmir PS

E contar tristes histórias das mortes das bonecas (60 min.)
Sentem-se aqui e vamos viver tristes histórias das mortes das bonecas, se em Nova Orleans, Orlando ou São Paulo, se 1950 ou 2016, não importa muito, pois continuamos sobrevivendo e a história dessas bichas, dessas bonecas, precisa ser contada. Candy é, como muitas pessoas, diferente do que a sociedade espera, mas o mundo não recebe bem os estranhos, os veados, os insanos. O desejo, ou talvez solidão, faz com que ela leve Karl, da marinha mercante, até sua casa. A partir daí a história poderia ser feliz, mas, nós, como Alvim e Jerry, bichas que moram nos fundos da casa de Candy, sabemos que a história será triste. Quando “ser” é uma luta diária e nossa existência, nosso mundo, nossos bares, nossas casas são destruídos todos os dias, contar e viver nossas histórias é resistência.
Direção Victor Walles Assistência de direção Gabrielle Távora Iluminação Afonso Costa e Fernanda Machado Cenografia Giovana Souza Elenco Fauston Della Flora, Felipe Mendes, Guiga Wolff e Ronaldo Fogaça

O quarto rosa (20 min.)
AMOR a.mor sm (lat amore) 1. Sentimento que induz a aproximar, a proteger ou preservar a pessoa pela qual se sente afeição; grande afeição ou afinidade forte por outra pessoa. 2. Sentimento que liga duas pessoas por tempo limitado; prazo de validade curto. 3. Construção social herdada da cultura romântica eurocêntrica, que normatiza as relações afetivas entre duas pessoas. CORTINA LENTA. Em um mundo cor de rosa, um homem e uma mulher estão imersos no amor. Ele, um burocrata preenchedor de alvarás que busca um acalanto. Ela, uma mulher que vive para o amor e faz dele o seu existir. Qual o limite de uma relação amorosa? A que o amor resiste? Amor existe? Amor? Equipe Caio Ferreira, Isa Scoralick, Nemuel Silva e Raphael França

São Carlos | 06.03, 19h30 | Campus I da USP de São Carlos | Centro Cultural da USP de São Carlos, ao lado do Observatório da USP | Av. Carlos Botelho, 1485.

Bauru | 07.03, 18h  | Teatro da FOB | Rua Octavio Pinheiro Brisola, 9-75, Cidade Universitária.

Piracicaba | 08.03, 17h30 | Centro de Vivencia, atrás do Prédio Central, em frente do antigo restaurante | Campus ESALQ | Av. Padua Dias , 11.

Ribeirão Preto | 09.03, 18h | Espaço FEA (antiga Livraria Atlas, em frente à Cantina Convívio | Campus USP Ribeirão Preto | Av. Bandeirantes 3.900, Monte Alegre.

Mais informações sobre as apresentações no Facebook, na seção de eventos do TUSP e nas páginas do TUSP do interior.