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São Paulo, 14 de julho
de 1999 n.429/99
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Atendimento
para crianças com hiperatividade
O transtorno psiquiátrico, caracterizado por hiperatividade,
desatenção e impulsividade, atinge cerca de 5% das crianças
e adolescentes em todo o mundo, e causa grande perda no aprendizado escolar.
Adolescentes sem tratamento podem vir a usar drogas na adolescência.
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Droga
testada em cirurgia de amígdalas e adenóides diminui risco
de sangramento e tempo de internação
O
significado e objetivo do ensino da Educação Física
na Educação Básica
Química
Quântica e o cotidiano da química na USP de Ribeirão
Preto
Destaques
Crianças com hiperatividade precisam de ajuda
especializada
A Hiperatividade ou Síndrome
do Déficit de Atenção e Hiperatividade (SDAH) é
um transtorno psiquiátrico que atinge cerca de 5% das crianças
e adolescentes em todo o mundo. O transtorno é caracterizado por
hiperatividade, desatenção e impulsividade. O primeiro ambulatório
do país para atender a estes casos já está em funcionamento
no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina (HCFMUSP) da USP
, coordenado pelo psiquiatra Ênio Roberto de Andrade.
Segundo Andrade, o transtorno
aparece desde cedo na vida da criança. Ainda bebê já
se percebe o sono agitado e por curto período de tempo. Acorda várias
vezes durante a noite e é mais chorão e irritadiço.
Quando começa a engatinhar ou andar é mais estabanado, mexe,
derruba e quebra mais as coisas. "Isso em comparação com
as outras crianças, porque todo bebê é mesmo inquieto.
O hiperativo é, geralmente, aquela criança que está
sempre subindo em locais que as outras não subiriam, muitas vezes
colocando em risco a própria vida." O psiquiatra explica que é
preciso ter cuidado para diferenciar crianças peraltas das hiperativas.
Se o problema passa desapercebido
na infância, aparece quando entram na escola. Não conseguem
ficar sentadas na carteira, não prestam atenção na
aula, mexem com os colegas próximos, não atendem o professor,
falam muito, e algumas trocam letras quando vão escrever ou falar.
Isso gera a dificuldade de ler. "É uma progressão. O hiperativo
moderado ou grave geralmente já mudou de escola mais de uma vez.
São convidados a sair da sala com muita freqüência e
costumam agredir outras crianças," explica Andrade. Também
é preciso perceber as diferenças entre os hiperativos e as
crianças que perdem o interesse pelas aulas porque têm QI
mais elevado ou mais baixo. Neste caso, são desatentos porque o
ensino se torna monótono ou porque não conseguem acompanhar
a turma.
Esse comportamento continua
até a adolescência ou início da idade adulta, quando
tende a melhorar. A partir desse ponto tem uma regressão natural.
A maioria ainda vai ter traços na vida adulta. "É aquele
adulto elétrico, mais animado, mas que não preenche todos
os critérios", diz.
Andrade acredita que se
a criança não for tratada, existe uma grande chance de vir
a usar drogas na adolescência. Principalmente a cocaína, que
é mais estimulante. "É quase uma tentativa, com exceções,
de se automedicar. Só que o preço depois é caro em
todos os aspectos. Para ele, para a família e para a sociedade.
O hiperativo tem mais tendência a usar drogas, ter depressão,
ansiedade, e existem estudos que mostram que existem mais chances, em alguns
casos, de ter esquizofrenia associada."
Para o coordenador, o fato
de reconhecer o transtorno, já é uma forma de ajuda. As pessoas
deixam de tratar a criança como mal-educada e maldosa. "Isso já
alivia porque, geralmente, ela é punida ou castigada. Não
que, a partir daí, deixe de ser corrigida, mas vai ser educada da
forma esperada para quando se tem a doença. É importante,
por exemplo, diminuir os estímulos quando a criança está
estudando. Deixá-la longe da televisão, do telefone e de
pessoas ouvindo música ou conversando. Deve ser colocada em escolas
com menor número de alunos por classe. As tarefas dadas devem ser
menores, de forma que ela possa cumprir e se distrair um pouco a cada nova
tarefa. Dependendo do grau, é necessário psicoterapia para
a criança e para os familiares. A ajuda de um fonoaudiólogo
também pode ser necessária. E, finalmente, o tratamento com
medicamentos, se for indicado." Andrade explica que o tratamento com medicação
vai depender do grau do transtorno. "Se for moderado para intenso ou grave,
não tem porque não medicar. O risco de deixar sem medicar
é maior do que o de medicar".
O psiquiatra alerta que
é importante detectar logo a hiperatividade e "atuar cedo porque
a grande perda da criança é no aprendizado escolar. Se ela
começa a ter repetências na escola não vai conseguir
recuperar mais. Além de ser um estresse muito grande, porque os
amigos vão para frente e ela fica. Isso pode piorar o transtorno
porque qualquer quadro de estresse e ansiedade piora a hiperatividade."
O ambulatório está
aberto para novos atendimentos. A triagem é imediata, bastando a
criança comparecer, acompanhada do responsável, no Serviço
de Psiquiatria da Infância e Adolescência do Instituto de Psiquiatria
do HC, às 7 horas. A espera para o início do tratamento é
em torno de 3 meses.
Mais informações:
(
(0XX11) 3069-6508 com o psiquiatra, ou na Assessoria de Imprensa do HC
pelos telefones 3069-7053 e 3069-6694.
Droga diminui risco de sangramento em cirurgia
Pesquisa realizada na Faculdade
de Medicina de Ribeirão Preto da USP comprova que o uso de uma droga,
chamada Subgalato de bismuto, em cirurgias de amígdalas e adenóides
reduz as ocorrências de sangramento e o tempo de internação
do paciente. O trabalho foi desenvolvido pelo cirurgião otorrinolaringologista
Antonio Issa durante seu curso de pós-graduação.
O pesquisador avaliou, em
quatro anos, 258 pacientes operados com o uso da droga. Em 98,3% dos casos
não houve nenhum tipo de sangramento (intra ou pós-operatório).
Os poucos casos observados com pequenos sangramentos intra-operatório
foram controlados com suturas e evoluíram satisfatoriamente, não
apresentando nenhuma complicação pós- operatório
imediato ou tardio.
Mais informações:
((0XX16)
610-1162 ou pelo e-mail aisas@keynet.com.br
Cursos, Seminários e Palestras
Educação física básica
Estão abertas até
4 de agosto as inscrições para o Curso de Difusão
Cultural O Ensino da Educação Física na Educação
Básica: significado e objetivo, que a Escola de Educação
Física e Esporte está oferecendo a licenciados em Educação
Física, bacharéis em Pedagogia, professores com habilitação
para o magistério em nível de 2o grau, administradores
escolares (mantenedores, diretores de escolas, supervisores de ensino,
coordenadores pedagógicos) e professores da educação
básica em geral.
O curso será ministrado
nos dias 10, 12, 17 e 19 de agosto, das 18h30 às 21h30.
Mais informações:
(
(0XX11) 818-3182.
Química e cotidiano
O Departamento de Química
da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FFLC) da USP de Ribeirão
Preto organizará, sob coordenação do professor Sérgio
Emanuel Galembeck, o curso Química Quântica e o cotidiano
da química: a teoria funcionando na prática, de 18 a
24 de julho.
O curso faz parte do programa
"Químicas Integradas", que objetiva o enriquecimento dos alunos
dos cursos de química oficiais do Estado.
Mais informações:
(
(0XX16) 602-3765 ou pelo e-mail segalemb@usp.br
Instituto de Biociências oferece cursos
Confira os seguintes cursos
de difusão cultural que o Instituto de Biociências da USP
está promovendo:
Introdução
aos ecossistemas costeiros, de 30 de julho a 1o de agosto
(sexta, sábado e domingo), em Ubatuba, SP. A inscrição
vai até 28 de julho. A taxa é de R$ 70,00 (não inclui
alojamento e refeições). O transporte custa R$ 12,00.
Evolução
humana, de 12 de agosto a 25 de novembro, às quintas-feiras,
das 14 às 18 horas. As aulas serão ministradas no próprio
Instituto. As inscrições vão até 12 de agosto.
A taxa é de R$ 20,00.
O Instituto fica na Rua
do Matão, trav 14, no 321, Cidade Universitária.
Mais informações:
(
(011) 818-7538.
Agenda Cultural
Filmes infantis
Dentro da mostra Férias
no Cinusp – Ciclo de filmes infantis o Cinusp "Paulo Emílio"
exibirá, de 19 a 23 de julho, o filme legendado O príncipe
do Egito.
As sessões são
sempre às 18h30 e a entrada é franca. O Cinusp fica na Rua
do Anfiteatro, 181 – Favo 4 – Colméia.
Mais informações:
(
(011) 818-3540 ou pelo e-mail prceu@org.usp.br
Defesa de Teses
Instituto de Química
Mestrado
Eletrodos modificados
por óxidos de molibdênio: estudos eletroquímicos e
aplicação na determinação de iodato em sal
de cozinha. Luis Kosminsky. Dia 16/7, 9 horas.
Mais informações:
(
(011) 818-3844.
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conj. 244, São Paulo - SP.
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