"O projeto é mais uma forma de a Universidade
desenvolver uma atividade de extensão, envolvendo base científica
consolidada mas também alcançando a população de uma
forma mais acessível" | |
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Na
próxima quinta (21), Dia da Árvore, estará finalizada a primeira
fase de um projeto que tem como proposta mapear e identificar, por meio de plaquetas,
as árvores existentes no bairro da Vila Madalena, na zona oeste de São
Paulo, a fim de aproximá-las da vida das pessoas. Trata-se do Projeto
Vila Viva, uma iniciativa da assessoria do site Vila Madá (www.vilamada.com.br),
que conta com o apoio do Herbário do Departamento de Botânica do
Instituto de Biociências (IB) da USP e da Subprefeitura de Pinheiros.
O site é feito por colaboradores e simpatizantes do bairro. A iniciativa
começou a tomar forma no início deste ano, quando a empresária
Rosely Bancaglione, uma das participantes do site, procurou o professor José
Rubens Pirani, do IB, com a intenção de desenvolver um projeto que
proporcionasse conhecimento e interatividade com a grande diversidade de espécies
de plantas existentes na região. Pirani logo se interessou a colaborar,
oferecendo as informações botânicas necessárias para
a implementação da idéia e hoje é coordenador científico
do projeto. Na primeira fase, priorizou-se o mapeamento da região da
Praça Raphael Sapienza, junto ao cruzamento das ruas Rodésia e Jericó. "Nessa
fase, já foram identificadas 150 espécies diferentes de plantas", conta o professor.
Nas quatro visitas de mapeamento feitas na região, foram identificadas
espécies raras da arborização paulistana, como o pau-brasil
e araucária. Outras, como tipuana, sibipiruna, alfeneiro, eucalipto, jacarandá
mimoso, ipê amarelo e ipê roxo, que são comuns na região
de São Paulo, apresentaram um grande número de exemplares no bairro.
Nas placas de identificação, constam o nome científico
e vulgar e a procedência da árvore. Já no site Vila Madá,
é possível encontrar mais informações, como as características
de cada planta, a época de florescimento, a forma de polinização,
além de fotos da floração e de frutos. Educação
interativa O projeto mostra-se também relevante como forma de
ser uma base para que as escolas da região promovam atividades educativas
interativas. "O projeto é mais uma forma de a Universidade desenvolver
uma atividade de extensão, envolvendo base científica consolidada
mas também alcançando a população de uma forma mais
acessível", afirma Pirani. Os idealizadores do projeto esperam
desdobramentos futuros da iniciativa, como o envolvimento dos comerciantes locais,
das escolas e da própria Prefeitura, e a realização posterior
no site de um mapa de localização das árvores. Além
disso, segundo o professor do IB, o projeto permite que se crie, no futuro, por
meio de um o banco de dados que está sendo construído, um sistema
de monitoramento e acompanhamento dos exemplares existentes. Além
de contar com a participação de professores do IB, o projeto Vila
Viva também envolve alunos do Instituto. Lia Bezerra Monguilhot, aluna
de mestrado, Leonardo Maurici Borges e Juliana El Ottra, alunos de iniciação
científica, colaboram mapeando e recolhendo informações para
elaboração das plaquetas.
A finalização da
primeira fase do projeto será comemorada neste dia 21 de setembro, às
11 horas, na praça Rafael Sapienza. Estarão presentes o subprefeito
de Pinheiros, Nilton Elias Nache, o professor Pirani e Rosely Brancaglione representando
o site Vila Madá.
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