texto: Marcela Delphino
Fotos: Francisco Emolo/ Reprodução

Crédito: Franisco Emolo
“Os colírios com corticóides podem mascarar sintomas, dificultando o diagnóstico do oftalmologista.” Fernando Cresta

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Carros, ônibus e fábricas exalam seus venenos no ar. Os olhos vermelhos se mostram irritados ao final de um dia empoeirado. Na volta para casa, farmácias oferecem uma variedade infinita de colírios. É barato e fácil de aplicar. E assim, de gotinha em gotinha, importantes sintomas de infecções oculares são mascarados por quem busca resultado imediato: olhos branquinhos.

“Os pacientes podem ficar acostumados a usar alguns colírios que deixam o olho branco e sem irritação. Normalmente, são soluções com corticóides que podem ter efeitos colaterais graves, principalmente a catarata e o glaucoma. Além disso, predispõem à infecção, o que pode levar a uma inflamação na córnea (ceratite)”, explica o oftalmologista do Hospital Universitário (HU) Fernando Cresta.

Muitas vezes, o colírio usado por uma pessoa não serve para o problema de outra, por isso a necessidade de procurar um especialista. “Se for usar algum colírio para poluição, depois de sair de uma piscina com muito cloro ou do mar, deve ser colírio lubrificante com lágrimas artificiais, que é mais suave”, indica Cresta, alertando para o fato de que a persistência dos sintomas requer a consulta ao médico. “Um quadro de irritação que se prolonga, com vermelhidão e coceira, pode ser um problema mais grave como conjuntivite ou úlcera de córnea.”

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