Medicina: “Minha vocação para
essa área começou cedo, desde
quando me entendo com capacidade para discernir”
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A satisfação de um profissional é obter
reconhecimento pelo seu trabalho. No caso
do professor da Faculdade de Medicina (FM)
Geraldo Medeiros-Neto, esse reconhecimento
já aconteceu por mais de uma dezena
de vezes. O mais recente veio da comunidade
estrangeira com o Prêmio Sidney Ingbar,
entregue pela Associação Americana
de Tireóide. Nesta edição,
o médico endocrinologista conta um
pouco sobre sua quantidade fora do comum
de livros e artigos publicados, a trajetória
na Universidade e a sua admiração
por grandes nomes da nossa história.
As valiosas contribuições
do professor Medeiros são pesquisas
e trabalhos relacionados a doenças
da tireóide. Ele foi incentivador
de um programa nacional que ampliou de
24% para 89% a realização
do “Teste
do Pezinho” no Brasil, através do
qual é possível diagnosticar
disfunções da tireóide
em recém-nascidos, antecipando o
tratamento.
Outra importante contribuição
foi sua consultoria ao Ministério
da Saúde para readequar a legislação
brasileira sobre a quantidade de iodo adicionado
ao sal de cozinha. O consumo desordenado
de iodo interfere diretamente no funcionamento
da tireóide.
Geraldo Medeiros-Neto completou a graduação
na FM em 1959, aos 23 anos da idade. Em seguida
deu início ao período de residência
no Hospital das Clínicas (HC). Daí foram
14 anos entre o doutorado e o cargo de professor
titular da USP. Aos 70 anos, suas atividades
não cessam. O dia começa cedo
e adentra numa jornada que se estende das
sete da manhã às sete da noite,
aproximadamente. Ao receber a reportagem
da revista Espaço Aberto ,
logo comenta: “Meu dia precisava ter mais
24 horas”.
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