texto: Circe Bonatelli
Fotos: Francisco Emolo

 

Crédito: Franciso Emolo
Medicina: “Minha vocação para essa área começou cedo, desde quando me entendo com capacidade para discernir”


 

A satisfação de um profissional é obter reconhecimento pelo seu trabalho. No caso do professor da Faculdade de Medicina (FM) Geraldo Medeiros-Neto, esse reconhecimento já aconteceu por mais de uma dezena de vezes. O mais recente veio da comunidade estrangeira com o Prêmio Sidney Ingbar, entregue pela Associação Americana de Tireóide. Nesta edição, o médico endocrinologista conta um pouco sobre sua quantidade fora do comum de livros e artigos publicados, a trajetória na Universidade e a sua admiração por grandes nomes da nossa história.

As valiosas contribuições do professor Medeiros são pesquisas e trabalhos relacionados a doenças da tireóide. Ele foi incentivador de um programa nacional que ampliou de 24% para 89% a realização do “Teste do Pezinho” no Brasil, através do qual é possível diagnosticar disfunções da tireóide em recém-nascidos, antecipando o tratamento. Outra importante contribuição foi sua consultoria ao Ministério da Saúde para readequar a legislação brasileira sobre a quantidade de iodo adicionado ao sal de cozinha. O consumo desordenado de iodo interfere diretamente no funcionamento da tireóide.

Geraldo Medeiros-Neto completou a graduação na FM em 1959, aos 23 anos da idade. Em seguida deu início ao período de residência no Hospital das Clínicas (HC). Daí foram 14 anos entre o doutorado e o cargo de professor titular da USP. Aos 70 anos, suas atividades não cessam. O dia começa cedo e adentra numa jornada que se estende das sete da manhã às sete da noite, aproximadamente. Ao receber a reportagem da revista Espaço Aberto , logo comenta: “Meu dia precisava ter mais 24 horas”.

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