Convivendo com o diabetes

“Nos países desenvolvidos a primeira causa de diálise é o diabetes, o Brasil está caminhando para isso.” Débora

Créditos: Cecília Bastos
“Exercício físico é a alma da saúde do diabético.” Prof. Francisco Capuano Scarlato
 

Cada vez há mais medicações e recursos para que o diabético leve uma vida normal. “A insulina inalável chegará ao Brasil no próximo ano. Não vai substituir a insulina injetável, mas é um recurso a mais para facilitar o dia-a-dia”, conta a endocrinologista. Para o diabetes tipo 1 é cada vez mais real a possibilidade de transplante de pâncreas, que já ocorre no Brasil, mas não é tão bem-sucedido quanto o transplante de rim, ainda tem de ser desenvolvido. “Quanto ao diabetes tipo 2, se for relacionado à obesidade, provavelmente perdendo peso há chances de melhora, talvez até deixe de ser diabético.”

Pés diabéticos

O paciente com diabetes há muito tempo e mal controlado começa a desenvolver a neuropatia diabética, destruição da enervação dos membros, principalmente dos pés, nos quais há perda de sensibilidade.

Qualquer ferimento banal para a maioria das pessoas, como uma pedrinha no sapato, pode virar uma complicação. A ferida se inicia pequena, o diabético não sente e mantém o estímulo de trauma. “Uma ferida em um pé que não sente direito e por vezes tem problema de vascularização vai piorar cada vez mais, pode necrosar, morrer tecido e levar, em último caso, a uma amputação.”

Cuidados

Em primeiro lugar, é preciso detectar e tratar corretamente o diabetes desde o início. O médico é responsável por perceber a sensibilidade dos membros, faz parte do exame físico do diabético avaliá-la. A partir do momento que se perdeu a sensibilidade, são necessários cuidados maiores: secar bem os pés depois do banho, observar se tem alguma ferida, evitar sapatos muito apertados, usar sempre meias com sapatos, evitar sandálias e chinelos e manter sempre hidratados os pés mais ressecados para não aparecerem rachaduras. Se houver trauma, este deve ser tratado com curativos e o uso de sapatos adequados. “Eu acho que a diabetes não é uma doença, é um estado do indivíduo com o qual ele tem de aprender a conviver”, pondera a endocrinologista do HU.

Unidade Fitness USP do Instituto do Coração (Incor)

A Escola de Educação Física e Esporte participa do Programa de Condicionamento Físico Aplicado à Prevenção Cardiológica Primária e Secundária do Incor. A coordenação é do vice-diretor da EEFE, professor Carlos Eduardo Negrão, que também é diretor da Unidade de Reabilitação Cardiovascular e Fisiologia do Exercício do Incor.

Qualquer pessoa pode participar mediante matrícula no valor de R$ 70 e consulta com um cardiologista do instituto, que pode ser através de convênio ou particular por R$ 145. Depois disso, há avaliação por um psicólogo e um professor de educação física, além de um encontro com um nutricionista.

As turmas são de no máximo 40 alunos e as aulas com duração de uma hora acontecem duas ou três vezes por semana, pelo valor de R$ 129 e R$ 146 mensais, respectivamente. Os horários são de segunda a sexta, às 7h, 8h, 9h, 17h, 18h, 19h e 20h.

< anterior página 1 | 2

   





web
www.usp.br/espacoaberto