“Exercício físico é a alma da saúde do diabético.” Prof.
Francisco Capuano Scarlato |
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Cada
vez há mais medicações
e recursos para que o diabético leve
uma vida normal. “A insulina inalável
chegará ao Brasil no próximo
ano. Não vai substituir a insulina
injetável, mas é um recurso
a mais para facilitar o dia-a-dia”, conta
a endocrinologista. Para o diabetes tipo
1 é cada vez mais real a possibilidade
de transplante de pâncreas, que já ocorre
no Brasil, mas não é tão
bem-sucedido quanto o transplante de rim,
ainda tem de ser desenvolvido. “Quanto ao
diabetes tipo 2, se for relacionado à obesidade,
provavelmente perdendo peso há chances
de melhora, talvez até deixe de ser
diabético.”
Pés diabéticos
O paciente com diabetes há muito
tempo e mal controlado começa a
desenvolver a neuropatia diabética,
destruição da enervação
dos membros, principalmente dos pés,
nos quais há perda de sensibilidade.
Qualquer ferimento banal para a maioria
das pessoas, como uma pedrinha no sapato,
pode virar uma complicação.
A ferida se inicia pequena, o diabético
não sente e mantém o estímulo
de trauma. “Uma ferida em um pé que
não sente direito e por vezes tem
problema de vascularização
vai piorar cada vez mais, pode necrosar,
morrer tecido e levar, em último
caso, a uma amputação.”
Cuidados
Em primeiro lugar, é preciso detectar
e tratar corretamente o diabetes desde
o início. O médico é responsável
por perceber a sensibilidade dos membros,
faz parte do exame físico do diabético
avaliá-la. A partir do momento que
se perdeu a sensibilidade, são necessários
cuidados maiores: secar bem os pés
depois do banho, observar se tem alguma
ferida, evitar sapatos muito apertados,
usar sempre meias com sapatos, evitar sandálias
e chinelos e manter sempre hidratados os
pés mais ressecados para não
aparecerem rachaduras. Se houver trauma,
este deve ser tratado com curativos e o
uso de sapatos adequados. “Eu acho que
a diabetes não é uma doença, é um
estado do indivíduo com o qual ele
tem de aprender a conviver”, pondera a
endocrinologista do HU.
Unidade Fitness USP do Instituto
do Coração (Incor)
A Escola de Educação Física
e Esporte participa do Programa de Condicionamento
Físico Aplicado à Prevenção
Cardiológica Primária e Secundária
do Incor. A coordenação é do
vice-diretor da EEFE, professor Carlos
Eduardo Negrão, que também é diretor
da Unidade de Reabilitação
Cardiovascular e Fisiologia do Exercício
do Incor.
Qualquer pessoa pode participar mediante
matrícula no valor de R$ 70 e consulta
com um cardiologista do instituto, que
pode ser através de convênio
ou particular por R$ 145. Depois disso,
há avaliação por um
psicólogo e um professor de educação
física, além de um encontro
com um nutricionista.
As turmas são de no máximo
40 alunos e as aulas com duração
de uma hora acontecem duas ou três
vezes por semana, pelo valor de R$ 129
e R$ 146 mensais, respectivamente. Os horários
são de segunda a sexta, às
7h, 8h, 9h, 17h, 18h, 19h e 20h. |