texto: Marcela Delphino
Fotos: Francisco Emolo

Créditos: Circe Bonatelli



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“A passagem da diversão para a competição acrescenta disciplina, mas é gradativa. Se você gosta de dançar, naturalmente se dedica mais.” Carla Salvagni, presidente da Confederação Brasileira de Dança Esportiva

 

Crédito: Francisco Emolo
“Quando as aulas começaram, me sentia cansada. Mas depois que você pega o ritmo, dá para sentir uma disposição maior, inclusive no dia-a-dia.” Roberta Cristina Santos da Cunha

 

 

Dançar faz bem para o corpo e para a alma, mas se você encara a prática apenas como diversão de final de semana, aí vai uma boa notícia: a Dança Esportiva, modalidade competitiva, ganha cada vez mais adeptos no Brasil. Mas calma, se está pensando que isso é coisa apenas para profissional, não é bem assim: “Existe a dança de salão brasileira e a dança esportiva, eu posso praticar e me divertir com as duas. Para quem gosta de dança de salão, a dança esportiva é uma continuidade”, afirma Carla Salvagni, presidente da Confederação Brasileira de Dança Esportiva (CBDance).

A dança esportiva se divide em duas seções: Danças Latinas – rumba, chachacha, paso doble, samba internacional e jive – e Danças Standards – valsa lenta, valsa vienense, slowfox, quickstep e tango internacional. Carla, graduada e mestre pela Escola de Educação Física e Esporte (EEFE), explica que em razão de a dança de salão ser vista como arte, avaliá-la se torna muito subjetivo. “Na competição de dança esportiva, os critérios utilizados pelos juízes são objetivos como em qualquer esporte. Essa é uma diferença marcante que separa totalmente a dança de salão da esportiva.”

A dança esportiva ajuda a aumentar a resistência cardiovascular. “Uma rodada de quickstep equivale a uma corrida de 400 m, só que um corredor faz uma corrida por dia, enquanto os dançarinos chegam a dançar 9 vezes no mesmo dia em grandes campeonatos”, conta Bettina Ried, membro da coordenação técnica da CBDance. Há ainda outros benefícios que não se restringem à pista de dança. “Dificilmente uma pessoa que dança anda arqueada, pois ela incorpora a postura e o equilíbrio em seu dia-a-dia.”

Roberta Cristina Santos da Cunha, funcionária da Seção de Compras da Coordenadoria de Comunicação Social, começou a ter aulas de dança de salão há seis meses e já se apresentou na confraternização de final de ano da CCS, com os colegas da turma que tem aulas com Marcelo Valverde, também funcionário da Coordenadoria. “Todo mês programamos festinhas para treinar o que aprendemos nas aulas, muitas vezes na casa ou no salão de festas do prédio de um dos alunos”, conta Roberta.

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