“Para a pessoa comum, o grande ganho da dança é psicológico,
com aumento da autoconfiança e a perda do medo de enfrentar as situações
do cotidiano.” Bettina Ried, membro da coordenação técnica
da CBDance
“Quando não sabemos dançar, ficamos inibidos, mas depois das aulas,
a segurança é maior.” Anderson Gomes
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“Na dança, não se pode apontar
um culpado, é preciso ver o que
o par está fazendo de errado. Tem
de haver uma mudança de postura.
A aula de dança é uma terapia
de casal”, garante Bettina. “A preocupação
com os passos consegue trazer os atritos
para um patamar mais fácil de trabalhar
do que um conflito emocional puro, percebo
isso muitas vezes. Dançar uma rumba – dança
romântica e sensual – com o seu namorado,
noivo ou marido estreita a relação.”
A idade para o início da participação
em competições de dança
esportiva é aproximadamente 13 anos
para a menina e 15 para o menino. Na Europa,
essas competições são
realizadas há quase um século,
enquanto no Brasil, ainda são pouco
conhecidas. Programas de televisão
têm ajudado nessa divulgação. É o
caso de “Bailando por um sonho”, do SBT,
do qual Carla foi jurada. “Não foi
uma competição de dança
esportiva, mas uma dança de salão
bastante mesclada. Entraram modalidades
pouco conhecidas na dança de salão
brasileira, como o paso doble ,
que há um ano ninguém sabia
o que era.”
Anderson Gomes, que trabalha com Roberta
na Seção de Compras, começou
as aulas na mesma época e sente
mudanças. “Muda bastante, principalmente
quando saio à noite. Quando não
sabemos dançar, ficamos inibidos,
mas depois das aulas, a segurança é maior,
eu participo mais”, conta Gomes. “Nunca
pensei em competir, por enquanto é só diversão.”
No ano passado, a CBDance promoveu um
curso de multiplicadores para professores
de dança esportiva em parceria com
a EEFE. “Foi muito bem-sucedido, esperamos
que tenha sido uma semente que se espalhe,
inclusive em termos de extensão
para a comunidade USP”, confessa Bettina,
também graduada e mestre pela escola.
A CBDance prevê a realização,
em abril, de uma competição
no Círculo Militar em São
Paulo. As inscrições podem
ser feitas pelo e-mail da Confederação,
mesmo endereço destinado a dúvidas
sobre a dança esportiva.
A pessoa que se inscrever receberá as
regras internacionais de avaliação,
em primeiro lugar está o ritmo e
em último, a interpretação. “Muitas
vezes, fui mal interpretada no programa
do SBT, porque se a pessoa saiu do ritmo,
mas interpretou com simpatia, um árbitro
não pode cair nessas armadilhas,
o competidor precisa entender isso, senão
se sentirá injustiçado”,
alerta Carla. A Confederação
de Dança Esportiva em Cadeira de
Rodas já realizou cinco campeonatos
nacionais. “Antigamente se dizia ‘quem
tem pernas pode dançar', mas inclusive
quem não tem, dança”, lembra
Carla. “Nosso trabalho de professora é convencer
o aluno de que qualquer um pode dançar.”
Informações sobre aulas
de dança de salão no Cepeusp
pelo telefone 3091-3362, com Eunice. |