texto: Cinderela Caldeira


 

 

 

Administração de medicamentos automaticamente controlados

Pesquisa do Instituto de Química (IQ) desenvolveu modelo de sistema inédito de administração de medicamentos controlados eletroquimicamente, que os libera automaticamente dentro do corpo do paciente e pode ser programado para os mais variados tipos e tamanhos de droga. Luiz Marcos de Lira Faria é o autor da tese de doutorado no IQ e diz que “o resultado do trabalho chegou perto de um sistema de liga-desliga”.

Novas formas de administrar medicamentos podem facilitar tratamentos, como no caso de aidéticos. “O coquetel de drogas contra o HIV chega a ser composto por 40 doses diárias, o que dificulta a adesão ao tratamento. Estudo realizado pelo Nepaids (Núcleo de Estudos para a Prevenção da Aids) do Instituto de Psicologia apontou que 73% dos pacientes do Estado de São Paulo não são fiéis ao tratamento”, diz Faria.

Ao contrário do método tradicional, encontrado nos comprimidos, pílulas e cápsulas comuns, um sistema de liberação controlada consegue manter as concentrações da droga dentro do nível adequado. A administração tradicional é instável, logo que é ingerido, a dose fica acima do nível, já que todo o conteúdo é liberado de uma só vez. “E antes de uma nova dose, a quantidade já está abaixo do nível”, explica o pesquisador.

Sistemas de liberação controlada já existem no mercado, como os adesivos para fumantes ou patchs contendo anticoncepcionais, mas eles só podem ser pré-programados, o que impõe limites à sua aplicação. Para o pesquisador, um dos objetivos da pesquisa era chegar a um sistema do tipo liga-desliga, com o qual seria possível controlar totalmente a liberação da droga. Condição ideal para a administração de insulina em diabéticos, o que eliminaria o desconforto das injeções regulares.

Fonte: Agência USP de Notícias

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