texto: Cinderela Caldeira



 

 

 

Instituto Butantã pode desenvolver vacina aviária quatro vezes mais eficaz

O Instituto Butantã apresentou no final de fevereiro uma nova cepa do vírus H5N1, desenvolvido pelo CDC (Center of Deseases Control), em Atlanta, nos Estados Unidos. Ela será estudada para possível vacina contra gripe aviária. A nova cepa utiliza um vírus originário da Indonésia, o que o torna diferente da cepa fornecida pelo britânico National Institute for Biological Standards and Technology ao Butantã em janeiro, cuja cepa era originária de um vírus encontrado no Vietnã.

Na luta contra a gripe aviária o Butantã conta com um trunfo, um adjuvante chamado Monofosforilipídeo A (MPLA), derivado do desenvolvimento da vacina de coqueluche, sobre o qual as pesquisas apontam uma eficiência quatro vezes maior do que os adjuvantes habitualmente utilizados.

O Instituto Butantã se caracteriza como um dos cinco centros produtores de vacina do mundo, e o objetivo da Secretaria de Estado da Saúde é desenvolver uma vacina segura, eficaz e de baixo custo, que permita proteger o Brasil no caso de uma eventual pandemia.

Isaias Raw, presidente da Fundação Butantã, diz que a capacidade de produção é da ordem de 40 milhões de doses de vacina por ano, quando a fábrica estiver pronta. “Até lá, na planta-piloto que está em teste, deveremos produzir entre 20 mil e 100 mil doses, de acordo com o dimensionamento do Ministério da Saúde”, diz.

A planta-piloto, onde a vacina será manipulada, é um laboratório de nível 5, inspecionada e aprovada por todos os órgãos competentes, o que garante risco biológico zero para a população. A nova cepa recebida pelo instituto já foi desarmada geneticamente para não causar a gripe aviária, o que torna nulo o risco de uma epidemia a partir desta cepa

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