A lógica do tomate

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

© Francisco Emolo
Palestrante Barreto Lima.

 

Em março, três faculdades foram as pioneiras na primeira etapa do programa. FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas), FSP e Escola Politécnica passaram pelas oficinas de auto-avaliação – entre dois e três dias, cada uma descreve os procedimentos e métodos para realizar as tarefas diárias, e os problemas e entraves burocráticos que as atrapalham. Assim, pode-se abrir o caminho para as propostas e soluções.

Esse trabalho voluntário é feito entre a equipe do Gespública e uma comissão formada por cerca de cinco ou sete funcionários da unidade participante. Os funcionários que integram a comissão devem ter como característica o acesso à diretoria e o costume de circular com freqüência pelos vários departamentos da unidade.

“As oficinas vão analisar como a unidade vem se comportando, mostrar as relações entre a liderança, estratégias, comunicação, e outros aspectos mais”, explica a professora Maria de Lourdes.

A Reitoria, que deve ser um dos próximos órgãos a realizar a auto-avaliação, incluiu alguns integrantes para observar as oficinas. “Essas faculdades foram escolhidas a princípio, porque têm um funcionamento mais padronizado nos quesitos atividade-meio e atividade-fim. Vão funcionar como um projeto piloto. A Reitoria é mais complexa: envolve as Pró-Reitorias, a Codage, os dados são mais específicos”, afirma a presidente do Gespública.

Tomate evita acidentes de avião

Para tratar de um assunto sério e que influencia os espaços de poder em qualquer instituição, o palestrante e gerente executivo Paulo Daniel Barreto Lima apelou para o humor presente nas dezenas de situações contraditórias, sem propósitos e excessivamente burocráticas do serviço público e de outros serviços, de maneira geral.

Ele citou “as salas que somem e reaparecem nos departamentos de um ano para o outro, sem mudar absolutamente nada”, falou da “maratona de assinaturas que separa por meses um documento do seu destino” e arrancou gargalhadas ao mencionar os “relatórios gordos, cheios de estatísticas descabidas e encadernadas em papel espesso com letras douradas”.

“Outro dia, encontrei um amigo que morre de medo de avião. Para ficar mais seguro durante o vôo, ele coloca um tomate no bolso do paletó antes de embarcar. Nada mais lógico. Ele apenas valoriza as estatísticas. Até agora, nenhuma estatística mostrou alguém que morreu em acidente aéreo com um tomate no bolso.”

SERVIÇO

As oficinas de autoavalição estão previstas até novembro. Mais informações sobre como participar através do telefone (11) 3091-3462 ou pelo e-mail quali@edu.usp.br com Olga Miranda, secretária executiva da Comissão Central do Gespública.

Site oficial do programa: www.gespublica.gov.br

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www.usp.br/espacoaberto