O Mais visitado quer mais

 

 

 


Segundo a diretora de difusão cultural, Maria Júlia Chelini, há indícios de que a área recebida fazia parte dos antigos caminhos para Santos, levantando a chance de se encontrar material histórico no solo. “Não sei se torço para os arqueólogos não encontrarem nada, permitindo as obras seguirem mais rápido, ou se torço para descobrirem um sítio e ganharmos mais objetos de pesquisa”, divide-se Maria Júlia.

“É preciso ter em mente que se trata de um museu público e universitário. Mesmo que o projeto leve algum tempo, é importante fazer todos os levantamentos de maneira exemplar.” Maria Júlia Chelini.

 

 

 

 

© Cecília Bastos
Museu da Independência ou do Ipiranga. São as formas populares de se referir ao Museu Paulista da Universidade de São Paulo (nome oficial).

 

 

 

 

 

 

O projeto de obras prevê uma série de construções, com prazo estimado em dois anos após autorizado o início. Deve ser levantado um bloco para alojar os serviços administrativos, de conservação e de pesquisa, que atualmente ocupam o prédio principal. Dessa forma, o espaço ficaria inteiramente livre para exposição do acervo e visitação pública.

Além disso, um grande “L” subterrâneo com 10.800 metros quadrados interligaria esse bloco técnico ao prédio, sediando lanchonete, lojas, salas para serviços educativos e banheiros.

Completam as pretensões arquitetônicas do Museu Paulista, duas torres de vidro com escadas e elevador. Elas resolveriam os problemas de acessibilidade enfrentados por deficientes físicos que, hoje, não podem sequer ir ao primeiro andar.

“As reformas são fundamentais. Nosso acervo é riquíssimo, mas está estrangulado por falta de espaço. Precisamos de um local adequado às mostras. E as adaptações são essenciais para garantir o conforto e o acesso aos visitantes. Após as obras, o museu deve chegar ao padrão internacional”, explica Maria Júlia.

No entanto, para triplicar e melhorar a área do museu, há um inconveniente: o preço. Estima-se que serão necessários R$ 33 milhões para tornar realidade todas as projeções. O valor equivale a 43 vezes seu orçamento anual, que foi de R$ 767 mil em 2006 (R$ 470 mil só de ingressos no valor de R$ 2,00).

Segundo informa a diretora de difusão cultural, os recursos devem ser levantados até o final do ano em parceria com entidades privadas. “Vamos buscar o patrocínio, porque nem a USP nem o Estado têm essa verba. Eles já ajudaram com o apoio e o terreno. Essa foi nossa alavanca”, afirma.

< anterior página 1 | 2 | 3 seguinte >

   





web
www.usp.br/espacoaberto