texto: Circe Bonatelli
Fotos: Francisco Emolo


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“O mais interessante dessa parceria para política pública é que, de fato, o projeto vai até as famílias, adentra nas comunidades.” Roseli Mendes.

 


A Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, em São Paulo, viu seu orçamento quase dobrar nos últimos quatro anos. Hoje são R$ 128, 5 milhões. Na foto, o secretário fala aos educadores do PAVS

 


Em Pirituba, os agentes comunitários se uniram em mutirão para reciclagem do lixo.

USP reforça políticas públicas

Para massificar os conceitos de sustentabilidade ambiental, a USP ingressou no Projeto Ambientes Verdes e Saudáveis. O PAVS tem a proposta de capacitar e multiplicar educadores e agentes comunitários para iniciativas em áreas ambientais.

Desde fevereiro, 82 educadores já falaram com mais de cinco mil agentes de saúde de redes públicas, que agora podem: realizar plantio comunitário de árvores, caminhadas ecológicas, coleta de materiais recicláveis, solicitar a construção de praças e desenvolver oficinas, como, por exemplo, de produção de sabão com sobras de óleo doméstico. A idéia é despertar a vizinhança desses agentes, em comunidades locais, para ações que podem fazer parte do cotidiano.

O megaprojeto é liderado pela Prefeitura de São Paulo e já recebeu US$ 4 milhões de investimentos vindos de parceiros expressivos como a Opas (Organização Pan-americana de Saúde, braço da OMS), o Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, braço da ONU) e o Ministério da Saúde. A participação da USP é feita através do Cepedoc (Centro de Pesquisa e Documentação em Cidades Saudáveis), da Faculdade de Saúde Pública.

Segundo a pesquisadora do Cepedoc Rosilda Mendes, responsável pelo apoio da FSP ao PAVS, a função da USP é avaliar o projeto de maneira participativa, interagindo com os educadores e propondo novos acertos. “É um processo que serve para alimentar o próprio processo de gestão”, diz Rosilda.

Para o secretário municipal do Verde e Meio Ambiente, Eduardo Jorge Sobrinho, essa interação entre os parceiros e os educadores capacitados tem sido de grande valor. “Desse diálogo entre o conhecimento especializado dos profissionais da área e o conhecimento popular dos agentes comunitários surge um conhecimento novo e sintético”, ressalta.

“Minha primeira tarefa é conhecer os agentes de saúde e me adaptar à linguagem e realidade deles,” explica Guilherme Ferrão, ex-aluno de propaganda e marketing, agora um dos 82 educadores em período de capacitação. “Então vamos conversar e rever os padrões de consumo e as noções de meio ambiente, até para sabermos o que é possível fazer em cada comunidade. Estamos todos no mesmo barco e é toda nossa a responsabilidade de preservar.”

 

   







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