Por Maria Clara Matos
Fotos por Francisco Emolo, Rosa Montone e Vivian Pellizari

Arte sobre foto de Jorge Maruta

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Alô, economia!
Programa de redução de custos em telefonia pretende alcançar a marca de R$ 6 milhões por ano. O consumo racional é o principal vetor para isso

 


Mesmo sem correção monetária, a economia nas ligações telefônicas no HU ultrapassou 30%, entre 2004 e 2008

No Hospital Universitário (HU) do campus da capital, a comissão responsável pelo controle do consumo em telefonia foi criada em setembro de 2004. Presidido desde 2006 pela assessora de superintendência, Maria Filomena Mourão Zotelli, o grupo não dorme no ponto quando o assunto é economia.

Um dos primeiros passos dados pela comissão foi organizar os 400 ramais da unidade em diferentes categorias de uso. A idéia era criar padrões de gastos para cada uma. Afinal, “o consumo do Pronto-Socorro é diferente da Sala Administrativa ou do Laboratório de Pesquisa”, exemplifica Douglas Scavvone Ciccone, membro do grupo. Feito isso, a comissão passou a analisar minuciosamente as contas telefônicas e avisar a chefia quando o uso de algum ramal excedia o padrão estabelecido.

“Tempos depois, começamos a fazer um trabalho de responsabilização pelo mau uso”, comenta Paulo Malusa Zanuzzio, outro participante da comissão. Funcionários que fizessem ligações pessoais superiores a 20 minutos eram obrigados a devolver o dinheiro gasto na tesouraria. “O objetivo é mostrar que há alguém monitorando as contas”, atesta Maria Filomena.

 

Foto crédito: Cecília Bastos
Paulo Malusa Zanuzzio, Maria Filomena Mourão Zotelli e Douglas Scavvone Ciccone mantêm os olhos abertos quando o assunto é redução de custos em telefonia


Para completar o trabalho, ela conta que diante dos excessivos gastos com telefonia celular, os chefes de diversos departamentos do hospital solicitaram o bloqueio desse tipo de chamada. Hoje, apenas 30% dos ramais da unidade estão liberados para essas ligações.

Com tanto empenho, os resultados não poderiam ser melhores. Os gastos de R$ 47 mil mensais, no primeiro semestre de 2004, caíram para R$ 29 mil em 2008, sem correção monetária. “Em valores reais a economia seria ainda maior”, ressalta Maria Filomena. A redução de custos com ligações para celular, grande vilão da unidade em 2004, foi ainda mais expressiva. Em 2004, o hospital gastava R$ 35.500 com essas chamadas. Hoje, o valor é de R$ 17.900.

“Vale lembrar que o HU é uma unidade diferenciada que está em operação 24 horas por dia, sete dias por semana”, observa Ciccone. Por isso, “estes resultados já são muito satisfatórios”, complementa Zanuzzio. Para eles, mais que economia, essas ações implicam bom uso dos recursos públicos. “O que significa melhor aplicação das verbas”, afirma Maria Filomena.

 

 


 
 
 
 
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