Nesta
quinta, a Estação Ciência e o Instituto de Estudos
Avançados de São Carlos (IEASC), ambos da USP, promovem
o lançamento do livro Educação para a Ciência
(Editora Livraria da Física, com o apoio da The Ford Foundation,
Vitae, Fapesp e CNPq). A obra organizada por Silverio Crestana,
Ernst W. Hamburger, Dilma M. Silva e Sérgio Mascarenhas
é resultado da experiência dos participantes do Curso
para Treinamento em Centros e Museus de Ciência, realizado
no período de 5 a 10 de junho de 2000.
Entre os participantes, 80 foram selecionados de um total de 123
inscritos, todos profissionais de cerca de 58 centros do Brasil,
México, Argentina, Colômbia, Venezuela, Itália
e França, somados a mais 13 ouvintes, 31 conferencistas,
12 presidentes de mesa e 19 presidentes de sessão. No total
são 131 autores de 81 artigos, que dividem as 676 páginas
que compõem a obra. Organizada em 29 sessões temáticas,
as que mais chamam a atenção são as que analisam
a situação atual dos centros e museus de ciência
latino-americanos, as relações entre educação
e divulgação nessas entidades, a produção
de equipamentos e exposições, as experiências
das feiras de ciências, o pioneirismo e o papel histórico
do Museu da Energia da Fundação Patrimônio Histórico
de Energia de São Paulo (FHESP) e do Espaço Museu
de Tecnologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ),
parques temáticos e de entretenimento, uso da internet e
ciência e arte.
Entre os autores podemos encontrar Jorge Padilla, diretor do Museu
Explora e da Associação Mexicana de Museus e Centros
de Ciência e Tecnologia, Glaci Zancan, professora da Universidade
Federal do Paraná, Marília Xavier Cury, professora
do Museu de Arqueologia e Etnologia da USP (MAE), Gil da Costa Marques,
diretor do Instituto de Física da USP (IF), Dietrich Schiel,
diretor do Centro de Divulgação Científica
e Cultural (CDCC) de São Carlos, Amélia Império
Hamburger, professora do IF, entre outros.
Esta publicação representa uma histórica contribuição
para os esforços de educação para a ciência
no Brasil e na América Latina, afirma Sérgio
Mascarenhas, diretor do IEASC e do Projeto Educação
e Sociedade: Melhoria do Ensino Básico de Ciências
na América Latina.
Oficina
de trabalho
Segundo
o físico Silvério Crestana, o curso foi planejado
a partir de diagnósticos feitos em diferentes momentos: durante
a elaboração de um projeto para a Rede de Popularização
da Ciência e Tecnologia na América Latina e Caribe
(Red Pop), com o objetivo de captar recursos de bancos e agências
internacionais para programas de cooperação técnica
entre os centros latino-americanos; nas reuniões preparatórias
para a criação da Associação Brasileira
de Centros e Museus de Ciência (ABCMC), ocorrida em 1998;
nos encontros com membros do CNPq visando à criação
de um plano nacional de popularização da ciência;
e nas reuniões anuais da Sociedade Brasileira para o Progresso
da Ciência (SBPC) em 1997, 1998 e 1999.
O curso caracterizou-se como uma oficina de trabalho em que
se desenvolveram reflexões e atividades que permitiram aos
participantes uma visão atualizada e abrangente quanto à
situação dos centros e museus de ciência e dos
programas de educação, cultura e entretenimento, no
Brasil e em outros países, afirma Crestana.Temos
uma meta ambiciosa, pois pretendemos que assuntos científicos
sejam discutidos nos bares e botequins com interesse comparável
ao futebol e às novelas, conclui o diretor da Estação
Ciência Ernst Hamburger.
O
lançamento do livro acontece nesta quinta, às 18h30,
na Livraria Cultura (av. Paulista, 2.073, Conjunto Nacional, tel.
3285-4033). O preço é de R$ 50,00. A publicação
pode ser adquirida também pelos e-mails ita@eciencia.usp.br
ou livraria@if.usp.br. Mais informações pelo tel.
3673-7022.
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