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Marcia
Saad (no centro) com sua premiada equipe de funcionários
da Biblioteca da Esalq: "Queremos o ouro". Abaixo,
a medalha de bronze conquistada pela unidade da USP em Piracicaba |
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Um
longo, perseverante e árduo trabalho na Universidade começa
a ser reconhecido publicamente. No dia 10 de dezembro passado, a
Divisão de Biblioteca e Documentação da Escola
Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Piracicaba,
recebeu a medalha de bronze do Prêmio Paulista de Qualidade
da Gestão, na categoria Organizações Educacionais
e de Ensino. O prêmio, concedido anualmente a entidades que
se destacam pela qualidade de seus serviços, foi entregue
durante cerimônia realizada no Palácio dos Bandeirantes,
em São Paulo, com a presença do governador Geraldo
Alckmin e do vice-reitor da USP, professor Hélio Nogueira
da Cruz. Outras oito entidades receberam a medalha de bronze e três
obtiveram a medalha de prata. A medalha de ouro foi dada à
Dana Abarus (categoria Médias Empresas), à Dana Nakata
(categoria Grandes Empresas) e a quatro unidades da Sabesp (categoria
Economia Mista). “Esse prêmio mostra que qualquer instituição,
pública ou privada, seja qual for a sua área de atuação,
pode sempre melhorar os serviços que oferece para a população”,
afirma a diretora técnica da Divisão de Biblioteca
e Documentação da Esalq, Marcia Regina Migliorato
Saad. “Estamos muito orgulhosos.”
Para
Marcia Saad, a conquista da medalha deve servir como um estímulo
para que outras unidades da USP também se esforcem para melhorar
cada vez mais seus serviços. Ela destaca que a Biblioteca
da Esalq vai continuar persistindo na busca da qualidade. “Queremos
a medalha de ouro.” Ela lembra que, desde a implantação
do seu atual modelo de gestão, em 1998, a biblioteca obteve
resultados “excelentes”, que são notados pelos
usuários. A limpeza das salas de estudo, por exemplo, é
impecável. Não existe acúmulo de serviço.
O tempo que uma nova aquisição leva para ser colocada
na estante, à disposição dos usuários,
foi sensivelmente reduzido. “Claro que não somos uma
biblioteca perfeita: em certos setores ainda tem um pouco de barulho”,
brinca Marcia. “Mas buscamos melhorar sempre.”
A premiada
Divisão de Biblioteca e Documentação da Esalq
possui um acervo com 117 mil documentos – entre livros, teses,
periódicos e outras publicações. Com área
total de 3.380 metros quadrados, está dividida em quatro
setores: a Biblioteca Central e as Bibliotecas Setoriais localizadas
no Departamento de Economia, Administração e Sociologia,
no Departamento de Agroindústria, Alimentos e Nutrição
e no Departamento de Genética. Em 2003, 114.230 pessoas buscaram
os serviços da divisão – o que equivale a uma
média de 480 pessoas por dia. O trabalho é realizado
por 36 funcionários.
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A
cerimônia no Palácio dos Bandeirantes, com a
presença do governador Geraldo Alckmin: prêmio
é resultado de um movimento na USP em busca da melhoria
constante dos serviços prestados |
Movimento
– O prêmio conquistado pela Biblioteca da Esalq não
é resultado de uma iniciativa isolada, mas sim de um movimento
que teve origem na USP em 1996. Naquele ano, incentivada por um
decreto do governador Mário Covas – que determinava
que cada órgão público estadual deveria ter
um programa de qualidade –, a Reitoria criou a Comissão
para Gestão da Qualidade e Produtividade na USP. A presidência
da comissão coube ao professor Hélio Nogueira da Cruz,
até hoje na função, que acumula com a Vice-Reitoria.
Logo
após a criação da comissão, Cruz pôs-se
a incentivar as unidades da USP a criar suas próprias comissões
locais de qualidade e produtividade. Hoje, das 70 unidades da Universidade
– entre elas as 36 unidades de ensino e pesquisa –,
cerca de 50 possuem grupos que se dedicam ao aumento da qualidade.
Cruz também deu início aos Encontros de Qualidade
e Produtividade da USP, em que funcionários dos seis campi
se reúnem para ouvir especialistas e discutir formas de melhorar
os serviços prestados. Em 25 de novembro passado, foi realizada
a décima versão desses encontros, que incluiu palestras
como “O modelo de excelência na gestão pública”,
do delegado federal da Agricultura de São Paulo Francisco
Ferreira Jardim, e “O MBA de qualidade da Escola Politécnica
e reflexos na qualidade da USP”, do professor da Poli Adherbal
Caminada Netto. Com isso, a Comissão para Gestão da
Qualidade e Produtividade na USP – composta por meia dúzia
de pessoas não-remuneradas para a função –
conseguiu atingir praticamente toda a Universidade com a idéia
de melhorar continuamente cada setor da academia. “É
uma obrigação nossa, como instituição
pública, utilizar os recursos disponíveis da forma
mais produtiva possível”, explica Hélio Cruz.
“O prêmio entregue à Biblioteca da Esalq é
um reconhecimento desse esforço.”
Leia
na página 2 mais informações
sobre o Prêmio Paulista de Qualidade da Gestão.
Prêmio
exige ética,
inovação e agilidade
O
Prêmio Paulista de Qualidade da Gestão é
uma iniciativa do Instituto Paulista de Excelência da
Gestão (Ipeg) – uma entidade criada e mantida
por vários órgãos públicos e privados.
Anualmente, o instituto entrega o prêmio a instituições
que, inscritas previamente, conseguem ser aprovadas em rigorosos
exames de qualidade. Entre os critérios de avaliação
analisados estão liderança e constância
de propósitos, visão de futuro, foco no cliente
e no mercado, responsabilidade social e ética, valorização
das pessoas, foco nos resultados, inovação e
agilidade.
A
soma dos pontos obtidos em cada um desses itens corresponde
à colocação dos órgãos
inscritos no prêmio. No nível II, em que no ano
passado concorreu a Divisão de Biblioteca e Documentação
da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq)
da USP, a instituição que fizer entre 150 e
249 pontos fica com a medalha de bronze. A medalha de prata
vai para aquela que obtém entre 250 e 349 pontos. De
350 a 400 pontos garante a medalha de ouro.
Mais
informações sobre o Prêmio Paulista de
Qualidade da Gestão e sobre os vencedores de 2003 podem
ser obtidas na página eletrônica do Ipeg. |
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