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Serão 232 entidades discutindo educação, durante quatro dias, com atividades nos períodos da manhã e da tarde, em torno de dez eixos temáticos – entre eles “Educação cidadã como direito social e humano”, “Educação como prática da liberdade”, “Identidade cultural e cidadania” e “Ambiente e educação para a sustentabilidade”. O Fórum Mundial de Educação, que ocorrerá de 1o a 4 de abril, em São Paulo, pretende colocar em pauta a questão da educação como um espaço democrático para a participação de todos.

Tendo o Centro de Convenções do Anhembi como sede central, o evento será realizado em diferentes locais espalhados pela cidade. No dia 1o, a abertura se dará no Sambódromo, com ato político e cultural. Nos dias 2 e 3 haverá dez conferências temáticas, 20 painéis de aprofundamento, atividades autogestionadas (palestras, oficinas, seminários, debates, mesas-redondas organizadas e coordenadas pelas entidades inscritas), pôsteres e grupos temáticos. Paralelamente acontecerá o Fórum Mundial de Educação – Criança, com participação de crianças e adolescentes de 7 a 16 anos, que contará com uma programação descentralizada, distribuída nos parques da cidade, nos Centros Educacionais Unificados (CEUs) e outros espaços, com inscrições gratuitas.

No dia 3, está previsto o Encontro da Boniteza, um grande baile de confraternização, na pista do Sambódromo, com música e comida. No dia 4 serão apresentadas as contribuições do fórum para a Plataforma Mundial de Educação. O evento se encerrará no dia 4 com a Caminhada pela Educação como Direito, que sairá do Anhembi e de diversos locais da cidade para se concentrar na Praça Heróis da Força Expedicionária Brasileira, na zona norte de São Paulo.

Participação social

A intenção, segundo a professora Leny Magalhães Mrech, presidente da representação oficial da Faculdade de Educação da USP no fórum, é contribuir para o fortalecimento dos movimentos sociais e para o avanço na construção coletiva de alternativas à “educação neoliberal”, com vistas a um mundo melhor e a “uma outra educação possível”. “O mais importante é a busca por um novo olhar, mais engajado, que torne a educação mais participativa e social. O foco é por uma educação mais abrangente”, afirma.

Leny e sua equipe – formada pela professora Rosângela Prieto e a representante discente da pós-graduação da Faculdade de Educação da USP, Liliane Garcez – participam da organização do fórum desde setembro de 2003. O evento já conta com 40 mil inscritos. Ele terá a participação de vários palestrantes internacionais, como Jorge Larossa, da Espanha, Boaventura Souza Santos, de Portugal, e Bernard Charlot, da Universidade Paris 8. Estarão presentes também especialistas brasileiros como Moacir Gadotti, Rubem Alves, Sérgio Haddad e Cristovam Buarque, entre outros. Segundo Leny, os palestrantes são autores engajados no tema e trazem uma concepção mais ampla, inovadora e participativa da educação, direcionada para os direitos humanos.

A professora diz que o comitê organizador procurou uma participação “mais engajada”, dinamizando as discussões para pólos mais particularizados, sempre voltado para a educação dentro de uma cidade educadora. “Queremos batalhar para tornar realidade o sonho de uma educação com qualidade social, inclusiva e promotora da cultura da paz, buscando discussões sustentáveis, amplas e participativas”, ressalta.

O que se espera do fórum, diz Leny, é que ocorra um posicionamento das entidades, educadores e comunidades diante das “políticas neoliberais” que vêm dominando a educação e que apontam para a privatização e um mercado do saber. Para ela, a educação está sendo vendida em pacotes, o que faz com que perca o impacto cultural. “A nossa proposta não é reproduzir o que foi feito em educação, mas sim a criação do novo através de uma participação coletiva”, acrescenta Leny.

O Fórum Mundial de Educação teve origem em janeiro de 2001, em Porto Alegre, durante a realização do Fórum Social Mundial, cujo tema foi “Educação no mundo globalizado”. Em janeiro de 2003 procurou discutir o tema “Educação e transformação”. O Fórum de Educação baseia-se em dois pilares básicos: a construção de uma alternativa ao projeto neoliberal e o pluralismo de idéias, métodos e concepções. “É um espaço plural, não confessional, não governamental, não partidário, autogestionado, aberto à participação de todos, verdadeiramente mundial”, explica Leny.

Mais informações e a programação completa do Fórum Mundial de Educação podem ser obtidas no endereço eletrônico www.forummundial educacao.org ou pelo telefone (11) 3021-0670.

 

USP e Polícia Militar fazem
parceria inédita

A Polícia Militar e a USP realizaram uma parceria inédita na área de segurança pública. O Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) elaborou um projeto piloto de vigilância com câmera e comunicação por fibra óptica. A câmera de monitoramento 24 horas foi inaugurada no dia 12 de março e está localizada num dos principais cruzamentos do centro da cidade de São Carlos, na esquina da avenida São Carlos com a rua General Osório.

O professor Vanderlei Bagnato, do IFSC, é o responsável pelo programa, que teve origem no contato da Polícia com o Grupo de Óptica. “A Polícia não dispõe de muitos recursos para inovar a sua tecnologia. O projeto piloto custou em torno de R$ 12 mil e está inserido no programa de parcerias do centro. Se uma empresa fosse contratada, certamente o valor seria muito superior e não daria à Polícia Militar toda a autonomia para cuidar do sistema”, afirma Bagnato.

A câmera, comprada pelo Centro, é mais sofisticada em relação às usadas em segurança interna, por exemplo. Ela tem capacidade de movimento de 360 graus e grande nitidez. De acordo com o pesquisador, o uso confidencial da imagem também foi assegurado. Todo o sistema foi testado em laboratório antes da instalação. A central da Polícia que vai observar as imagens fica a aproximadamente dois quilômetros do cruzamento escolhido. A ligação é feita por cabos de fibra óptica instalados nos postes convencionais da cidade.

Nova diretoria da Aauati já
planeja atividades

Associação dos Alunos da Universidade Aberta à Terceira Idade (Aauati) está com nova diretoria formada e já planeja uma série de atividades para congregar os alunos com mais de 60 anos que freqüentam a USP. A entidade é dirigida agora por Constantina Carmen Marotta Melfi (presidente), Beite Tolosa Martirani (vice-presidente), Hércules Liberatore Filho (tesoureiro), Dayse Evans Liberatore (diretora de Eventos), Maria Alaide Dalto Fanganiello (primeira-secretária) e Therezinha Léllis Fink (segunda-secretária). O Conselho Fiscal é formado por Frima Herling, Ricardo Linares Pereira e Wilson Gonçalves Viana. Já os componentes do Conselho Consultivo são Clemência Pecorari Pizzigatti, Edson Bacani, José Otávio Machado Menten, Manoel Carlos Chaparro, Maria de Lourdes Wey Martz, Silvio Coutinho e Sonia Maria Mendes Ganassim. A diretoria foi eleita durante assembléia-geral ordinária, realizada em 1o de dezembro passado, nas dependências do Centro de Práticas Esportivas da USP (Cepeusp).


 




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O Jornal da USP é um órgão da Universidade de São Paulo, publicado pela Divisão de Mídias Impressas da Coordenadoria de Comunicação Social da USP.
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